Ao ritmo do VAR

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    Foi com cinco carimbos que o Sporting confirmou a entrada na fase de grupos da Champions League. Uma vitória histórica – nunca antes tinha acontecido tal – e categórica. O resultado provara que, afinal, a diferença entre as duas equipas era imensa.

    O gato preto ficou mesmo enclausurado. O sexagenário Doumbia provou ser o amuleto para as provas difíceis, como se de um saca rolhas se tratasse. O Africano, made in Costa do Marfim, abriu o livro e os restantes seguiram o rasto, através da sua qualidade individual, com destaque, uma vez mais, para Bruno Fernandes. Alibec ainda assustou com a sua fantasia e magia que traz colada àquela bota esquerda, mas a segunda parte do jogo trouxe uns leões tremendamente eficazes e avassaladores. De tal forma que deixou Nicolae Dica, treinador dos romenos, pregado ao banco, resignado com a supremacia verde e branca.

    Doumbia abriu o marcador em Buda... Bucareste  Fonte: Sporting CP
    Doumbia abriu o marcador em Buda… Bucareste
    Fonte: Sporting CP

    A equipa verde e branca juntou-se a FC Porto e ao SL Benfica na fase de grupos, apetitando ainda mais esta época desportiva. Não houve a mesma sorte para ambas as equipas no sorteio, mas o que é uma Champions League sem equipas de renome nos respectivos grupos? Haverá, actualmente, alguma equipa portuguesa capaz de vencer a competição? Então há que desfrutar de receber os melhores e tentar fazer uma gracinha, “roubando” 1,5 milhões de euros aos “ricaços” Barcelona e Juventus. É um facto que os valores monetários estão em causa, mas para quem privilegia o espectáculo é capaz de trocar “tostões” para ver jogadores como Messi e Buffon em plena arena, rodeados por leões esfomeados.

    Ao ritmo do VAR, o Sporting venceu o Estoril na quarta jornada do campeonato. Uma entrada fulgurante que deixou os canarinhos depenados. Começam a faltar adjetivos para classificar a qualidade de Bruno Fernandes e os seus Tomahawk´s Goals. Cada tiro cada melro, mesmo onde a coruja dorme. Aos dez minutos a equipa já vencia por duas bolas a zero, remetendo os restantes minutos para uma prova de contenção que, à medida que os minutos iam passando, se denotava a fadiga dos seis jogos realizados em vinte e um dias.

    Foram cinco vitórias e um empate, quinze golos marcados e dois golos sofridos. Até ao momento, todos os obstáculos foram concluídos com êxito, deixando no ar, ao jeito de “Special One”, como vão estes jogadores reagir depois de uma desvantagem ou de um resultado desfavorável.

    O VAR manteve a verdade desportiva Fonte: Federação Portuguesa de Futebol
    O VAR manteve a verdade desportiva
    Fonte: Federação Portuguesa de Futebol

    Para mais tarde irá ficar a análise à “ditadura” que ainda permanece no Futebol Português. Em outros tempos, o Sporting teria empatado. É totalmente impensável um auxiliar não ter descortinado, à primeira vista, dois jogadores do Estoril em posição irregular. Remeteu a decisão para o VAR ou quis “empurrar” o jogo para um empate? Terá apostado no Placard? São análises que têm de ser feitas pelo professor Nhaga.

    Concordo, plenamente, com Jorge Jesus: o mais grave não é o ataque cardíaco, é, sim, num momento crucial do jogo, um fiscal de linha ter perdido a lente. Podemos não garantir os nossos objectivos mas, com a ajuda do vídeo árbitro, estaremos sempre mais perto da verdade desportiva.

    Foto de Capa: Sporting Clube de Portugal

    Artigo revisto por: Ana Rita Cristóvão

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    António Gonçalves
    António Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
    O António considera-se um analista de verdade e verde e branco com seriedade.                                                                                                                                                 O António não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.