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    Arbitragem portuguesa: Quo vadis?

    milnovezeroseis

    Caro leitor,

    O fim de semana , que hoje termina, foi sinónimo de polémica no mundo de futebol português. Pese embora tenha havido uma pausa no Campeonato para se disputar a derradeira jornada da Taça da Liga, competição encarada pelos clubes grandes como sendo descartável, os jogos realizados não fugiram à controvérsia, com Porto e Sporting no epicentro da questão.

    À partida para o terceiro jogo da fase de grupos, os rivais encontravam-se em igualdade pontual. Contudo, graças a um golo de Varela, em posição irregular, no jogo da segunda jornada frente ao Penafiel, os dragões figuravam em primeiro, com mais um golo marcado. Ditam as regras da competição que, quando duas equipas estão ainda a disputar o apuramento, os jogos de ambas têm de começar à mesma hora. Ora, esta é a primeira razão pela qual os jogos de ontem estão envoltos de polémica.

    A arbitragem portuguesa está, novamente, em voga, após os casos polémicos do Porto-Marítimo / Fonte: RTP
    A arbitragem portuguesa está, novamente, em voga, após os casos polémicos do Porto-Marítimo / Fonte: RTP

    O jogo do Dragão, com início marcado para as 20 horas e 45 minutos, começou com um atraso de cerca de 4 minutos. Propositadamente ou não, o certo é que esta é uma situação no mínimo estranha, e que deve ser devidamente investigada. Mais caricato ainda é o facto de o penalty a favor dos azuis e brancos ter sido assinalado após o término do Penafiel-Sporting. Não querendo, de nenhuma forma, entrar em suposições falaciosas creio apenas que era obrigação da equipa de arbitragem ter apressado a entrada em campo do clube da Invicta, assim como é, agora, dever do mesmo conjunto de árbitros explicar o que realmente se passou.

    Todavia, a controvérsia não se restringe ao atraso de um jogo face ao outro. O lance do qual derivou o penalty contra o Marítimo é duvidoso. Há, indubitavelmente, um puxão do defesa maritimista mas resta saber se dentro ou fora da grande área. Certo é também que a repetição fornecida via televisão, dá a entender que Ghilas tropeça no jogador dos insulares.

    De facto, o Sporting já está eliminado de duas das três competições em que se viu envolvido. Quer na Taça de Portugal quer na Taça da Liga, os leões sofreram repercussões de arbitragens danosas. Não é de admirar, portanto, que Bruno de Carvalho esteja a encetar esforços para mudar o futebol português, uma atitude que, apesar de vir do seio do clube leonino, tem uma abrangência e um objectivo geral. Recorde-se que uma das propostas prende-se com uma maior profissionalização dos árbitros. Este é um plano que, para um país que detém aquele que foi considerado o melhor árbitro do mundo – Pedro Proença, leia-se -, seria inquestionável. É hora de dar um maior grau de qualificação aos árbitros portugueses, de modo a que erros como os de Manuel Mota sejam evitados. Porque os visados são constantemente os mesmos.

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    Pedro Lemos
    Pedro Lemos
    O Pedro vem do Algarve e vê futebol desde que se lembra. Sportinguista vindo de uma família benfiquista, assume-se como sonhador e um confesso "bruno-carvalhista".                                                                                                                                                 O Pedro não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.