FC Arouca 0-1 FC Porto: A luta é mesmo até ao fim

    CRÓNICA: VITÓRIA DIFÍCIL MANTÉM FC PORTO VIVO E NA LUTA

    Aqueles que acompanham e conhecem o futebol português sabiam que se tratava de um duelo de crucial importância nas contas do campeonato. No Estádio Municipal de Arouca, o FC Porto visitava o FC Arouca, num jogo a contar para a jornada 31 da Primeira Liga. Visitantes na luta pelo título, a querer voltar a estar a quatro pontos do líder SL Benfica, enquanto a equipa caseira procurava segurar a posição em lugares europeus.

    O jogo era fulcral e o FC Porto sabia-o, com uma entrada a condizer e a tentar mandar no jogo. Taremi dispôs duma oportunidade de golo ainda na casa dos dez minutos, depois de uma belíssima jogada, em que o iraniano ficou na cara de Arruabarena, mas o seu chapéu foi travado pelo travessão antes de a bola sair.

    Dragão enérgico, a pressionar a campo inteiro como é do seu apanágio, demorou a conseguir furar a barreira defensiva do FC Arouca, mas fê-lo. Galeno deu o mote com um remate que ia com selo de golo – travado pelo guarda-redes uruguaio da equipa da casa – e depois Iván Marcano, na sequência de um pontapé de canto, apareceu ao segundo poste para cabecear para dentro da baliza.

    Este golo surge dois minutos antes do intervalo e dava vantagem aos azuis e brancos, que se ajustava face às incidências da partida. Os arouquenses poucas vezes chegavam ao último terço, muito devido à pouca bola consentida pelo seu adversário. Ainda assim, defensivamente a equipa estava até bastante competente e a impedir que o FC Porto criasse situações significativas de perigo. Na transição, ameaçavam surpreender, mas não passavam ao ato.

    No segundo tempo, a equipa da casa entrava com mais proatividade, a pressionar mais e com mais jogadores, expondo-se mais à bola longa do adversário. Taremi era referência nesse capítulo, com a inteligência que lhe é reconhecida a jogar de costas para a baliza.

    A definição azul e branca não estava com a qualidade da primeira e isso impedia que conseguissem finalizar as jogadas ou até mesmo dar-lhes continuidade. Um bom exemplo disso foi perto dos 60 minutos, numa transição rápida, em que Galeno foi numa incursão a alta velocidade pela esquerda e depois na área erra na força do passe e perde-se a oportunidade – eventualmente retomada por Otávio com um remate fora da área, aos trambolhões, sem perigo.

    O conjunto portista foi mais cauteloso – cerebral até – no pós-golo, e atacava os espaços que a equipa da casa dava. Armando Evangelista tentava mexer no jogo com as substituições, mas as mudanças não se faziam sentir.

    A segunda parte não estava a ser muito bem jogada, uma vez que a toada foi-se prolongando com o decorrer do tempo, sem arouquenses ou azuis e brancos a conseguirem criar grandes situações. Com isto, o FC Porto segurou a vantagem e venceu o jogo. Oitava vitória consecutiva dos comandados de Sérgio Conceição em todas as provas, que mantiveram assim os quatro pontos na perseguição ao Benfica.

    A FIGURA

    Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede


    Otávio  – Não é difícil explicar. É fundamental no jogo da equipa e continua a demonstrar ser um jogador que domina todos os momentos do jogo. Exibição de grande nível, coroada com uma assistência com conta, peso e medida para o golo de Marcano. Quando parece que não há luz ao fundo do túnel, Otávio tem a lanterna a iluminar o caminho.

    FORA DE JOGO

    Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede

    Mateus Quaresma Exibição intranquila do lateral, que já nos habituou a jogos mais conseguidos. Teve dificuldade a conter a preponderância ofensiva de Pepê e a sua participação no ataque foi quase inexistente.

    BNR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    FC Arouca

    BnR: Referiu já algumas questões que queria que a equipa melhorasse, viu-se na segunda parte que procuraram colocar mais homens e fazer pressão alta, passava por aí também uma forma a nível mental de colocar a equipa mais agressiva no jogo?

    Armando Evangelista: Sim. Com a pressão mais alta a ideia era recuperar a bola o mais cedo possível. De forma organizada e coerente, acho que o conseguimos, embora correndo alguns riscos como é óbvio. Se temos a pressão em número igual de jogadores na saída de bola, cá atrás corremos alguns riscos, mas assumimos esse risco. Por vezes resultou, outras não.

    FC Porto

    Não houve conferência de imprensa da parte do FC Porto.

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    Fernando Coelho
    Fernando Coelho
    Jogador de futsal amador, treinador de bancada profissional. A aprender diariamente, acredita que o desporto pode ser diferente. Escreve com acordo ortográfico.