A CRÓNICA: UNITED EMPATA E DEIXA CITY CADA VEZ MAIS LÍDER
Um Arsenal FC vs Manchester United FC é sempre um clássico, independentemente de as duas equipas não estarem a passar por fases particularmente brilhantes no que à conquista de títulos e qualidade de jogo diz respeito. Ao contrário que do que vimos no primeiro duelo da época entre as duas equipas em Old Trafford, em que o jogo foi pouco brilhante e sem grandes oportunidades de golo, no Emirates Stadium as duas equipas entraram a querer vencer e a primeira parte foi um reflexo disso.
Assistimos a boas oportunidades para ambas as formações, das quais destaco um grande remate de meia-distância de Fred, na ressaca de um canto, que originou uma grande defesa de Leno. Partida muito dividida, mas com um ligeiro ascendente do Manchester United FC. Nota para a substituição forçada de McTominay, por lesão, com Solkjaer a mudar o figurino que inicialmente tinha pensado para este jogo, colocando Martial e puxando Pogba para o centro do terreno (mais fixo).
📸 @PaulPogba@Fred08Oficial has gone close for #MUFC, but his effort from outside the box was well saved by Leno.
💻 https://t.co/YS4CBzXRmU
#️⃣ #ARSMUN
🏆 #PL pic.twitter.com/vECEEyzmQR— Manchester United (@ManUtd) January 30, 2021
Ao intervalo, Arteta tirou Martinelli e colocou em campo o veterano Willian, procurando ter mais “cérebro” com a bola nos pés. Os segundos 45 minutos começaram mesmo com uma excelente oportunidade para o brasileiro do Arsenal finalizar, mas o remate saiu frouxo. Esta ocasião deu mesmo o mote a uma entrada positiva na segunda-parte, conseguindo frustrar as tentativas dos Red Devils.
O resultado teimava em não se alterar, apesar das várias oportunidades que iam surgindo. Lacazette na execução de um livre atirou à trave, logo a seguir Smith-Rowe fez com que De Gea fosse ao chão fazer uma excelente defesa e Cavani continuou um dia desastrado, a falhar duas boas ocasiões para fazer o 0-1.
A toada continuou assim até ao fim e o 0-0 não se desfez, resultando numa divisão de pontos que não agrada a nenhum dos clubes.
No Manchester United FC gostei sobretudo de Fred (na minha opinião, melhor em campo) e Lindelof, com Shaw (dos melhores esta época) a estar errático na decisão e Cavani e Bruno Fernandes especialmente mal. Já no Arsenal FC, Bellerin foi o melhor (parece estar a voltar à sua melhor forma), mas Xhaka e Partey demonstraram que formam uma boa dupla no meio-campo. Pepe esteve bem a criar, mas mal a finalizar.
A FIGURA
A spirited performance, but the points are shared. #ARSMUN
— Arsenal (@Arsenal) January 30, 2021
Mikel Arteta– Ao contrário de Solskjaer, que conseguiu piorar a equipa com a substituição de McTominay, Arteta melhorou-a ao intervalo com a entrada de Willian. Tanto, que até considero que a haver um vencedor desta partida, o mais justo seria o Arsenal FC. Uma equipa em retoma que tem dedo de treinador, mesmo apesar de ausências importantes de “habituais titulares”.
O FORA DE JOGO
We’ve made a late change…
🔛 @EddieNketiah9
↩️ @LacazetteAlexGood shift, Laca 👊
🔴 0-0 ⚫️ (90) #ARSMUN pic.twitter.com/MI3GSuhYQy
— Arsenal (@Arsenal) January 30, 2021
Os atacantes de ambas as equipas- Como poderão perceber pelo que está escrito ou se viram o jogo, não coloco como figuras as duas defesas porque não creio que estivessem particularmente bem. O que aconteceu foi uma contínua falta de assertividade por parte de ambos os sectores atacantes que vimos aqui, especialmente por parte de Cavani, Bruno Fernandes, Pepe e Smith-Rowe, mas também Lacazette (que até enviou à trave, mas este catalogo-o como “azarado”). Houve oportunidades suficientes para ser uma partida com outro tipo de resultado.
ANÁLISE TÁTICA – ARSENAL FC
Mikel Arteta passou pela tempestade e foi conseguindo reinventar-se, por isso temos um Arsenal FC com uma moral em alta para defrontar um dos seus maiores rivais. Claramente em retoma, o treinador espanhol optou por um 4-2-3-1, com Martinelli no lugar de Saka – com uma lesão de última hora na anca – e uma defesa que me parece não ser a melhor, mas sim a possível, face às ausências de Tierney e Pablo Mari. No meio, Partey volta a merecer a confiança do seu técnico neste seu período inicial com a camisola Gooner ao peito e o jovem Smith-Rowe, um dos responsáveis pela subida de forma da equipa londrina, a cimentar o seu lugar no onze.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Leno (7)
Bellerin (7)
Holding (5)
David Luiz (6)
Cedric Soares (6)
Partey (6)
Xhaka (6)
Pepe (6)
Smith-Rowe (5)
Martinelli (5)
Lacazette (5)
SUBS UTILIZADOS
Willian (6)
Odegaard (-)
Nketiah (-)
ANÁLISE TÁTICA – MANCHESTER UNITED FC
Já o Manchester United FC aparece neste jogo depois de uma derrota em casa frente ao último classificado, o Sheffield United FC, que foi tudo menos surpreendente. Solskjaer mexeu muito e o sector mais fraco da equipa, a defesa, sofreu ainda mais. Neste jogo voltou a apostar naqueles que têm sido mais vezes titulares, numa tática de 4-2-3-1, mas que na verdade me parece mais um 4-2-2-2, que a dada altura era muito utilizado por Nagelsmann no RB Leipzig mas sobretudo no TSG Hoffenheim.
Cavani, a maior surpresa, atua mais fixo na frente de ataque, com Rashford a ser um parceiro que cai muito na ala e tendo atrás Bruno Fernandes e Pogba. A diferença é que Bruno é o “10” e Pogba é o falso-ala, que passa mais tempo no centro do terreno.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
De Gea (6)
Wan-Bissaka (6)
Maguire (5)
Lindelof (6)
Shaw (5)
Fred (7)
McTominay (5)
Pogba (6)
Bruno Fernandes (6)
Rashford (6)
Cavani (5)
SUBS UTILIZADOS
Martial (5)
Greenwood (-)