AS Roma 2-1 FC Porto: Um pé dentro, Brahimi fora

    Pontapé de saída na fase a eliminar da Liga dos Campeões.

    O FC Porto chegava à capital italiana com um histórico favorável, mas com algumas ausências de peso. Corona por castigo e Marega por lesão desfalcavam a equipa e moderavam as expectativas e esperanças dos portistas. Portistas esses que acudiram em massa ao jogo e formaram uma imponente moldura humana no Olímpico de Roma composta por quatro mil portugueses.

    Para os lugares do mexicano e do maliano entraram Otávio e Fernando Andrade, sendo que do onze que defrontou o Moreirense saltou também para o banco, Oliver Torres. Sérgio Conceição teima em desperdiçar o talento do médio espanhol.

    A AS Roma, treinada por Eusébio Di Francesco, apresentava uma equipa repleta de talento. De realçar o ponta de lança bósnio Dzeko (para mim um dos melhores do mundo) e o jovem prodígio Zaniolo, que viria a bisar na partida.

    Vamos, então, ao filme do jogo.

    Uma primeira com poucos motivos de interesse, pelo menos no que a oportunidades diz respeito. Nos primeiros 30 minutos, salvo uma desatenção ou outra de Felipe que levou alguns calafrios à área azul e branca, o FC Porto esteve irrepreensível no momento defensivo.

    A equipa pressionou alto quando tinha que o fazer e soube fazer uma ocupação inteligente dos espaços quando obrigada a recuar. Até esse momento a melhor oportunidade do jogo tinha sido mesmo dos portistas através de um remate dentro de área de Fernando Andrade, naquele que foi o único remate dos comandados de Sério Conceição na etapa inaugural. A história foi ligeiramente diferente nos últimos 15 minutos.

    O Porto acabou por perder alguma organização e permitiu que a Roma se aproximasse da baliza de Casillas com algum perigo. Aos 38 minutos Dzeko trabalhou bem dentro da área e atirou ao poste. Assim, o jogo chegava ao intervalo com 0-0 no marcador.

    Legenda: 12 anos depois Pepe voltou a disputar um jogo de Liga dos Campeões ao serviço do FC Porto
    Fonte: FC Porto

    A segunda parte foi bem diferente. Ambas as equipas perderam rigor defensivo e as oportunidades de golo foram surgindo com alguma frequência. A Roma entrou forte e encostou o FC Porto ao último terço durante a primeira dezena de minutos. No entanto, depois de um cabeceamento de Danilo tirar tinta do poste da baliza de Mirante o FC Porto assumiu as rédeas do jogo e só a lesão de Brahimi foi capaz de tirar o foco aos jogadores.

    Entrou para o seu lugar Adrian Lopez. Estávamos no minuto 67. A partir daí deu se um período de total desnorte da equipa que só acordou quando o marcador já durava dois golos de vantagem para a turma romana. Zaniolo abriu o marcador ao minuto 70 e bisou 6 minutos mais tarde. E quando se pensava que tudo estava perdido, eis que o FC Porto, com um ataque formado por suplentes e mal-amados reage à vantagem da Roma com enorme coragem e, até, qualidade.

    Aos 79 minutos, Adrian Lopez, amortece um passe longo para o remate de Soares que dispara enrolado devolvendo a bola ao espanhol que balança as redes num remate de difícil execução técnica. E quando se pensaria que seria a Roma a procurar mais um golo e o Porto a segurar um resultado que lhe permite sonhar com a passagem aos quartos-de-final, a verdade é que foram os dragões a forçar o empate até final. Sem sucesso, ainda assim.

    Foi um jogo disputado nos limites no qual foi notória a falta que fazem jogadores como Corona e Marega na manobra ofensiva da equipa. De positivo importa realçar a atitude da equipa e um resultado que, não sendo bom, deixa a eliminatória em aberto e permite que o FC Porto mantenha um pé dentro da competição, depois de ter tido os dois praticamente fora. No reverso da medalha está a lesão de Brahimi. Mais uma contrariedade para Sérgio Conceição que pode ter um impacto decisivo no decorrer da época.

    Onzes e substituições

    AS Roma: Mirante, Florenzi, Manolas, Fazio, Kolarov, Cristante, De Rossi, Pellegrini (N’Zonzi, 83′), Zaniolo (D. Santon, 87′), Dzeko e El Shaarawy (J. Kluivert, 90′)

    FC Porto: Casillas, Éder Militão, Felipe, Pepe, Alex Telles, Danilo, Herrera, Otávio (Hernâni, 86′), Brahimi (Adrián López, 68′), Fernando (André Pereira, 76′) e Soares

    Foto de Capa: FC Porto

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    Bernardo Lobo Xavier
    Bernardo Lobo Xavierhttp://www.bolanarede.pt
    Fervoroso adepto do futebol que é, desde o berço, a sua grande paixão. Seja no ecrã de um computador a jogar Football Manager, num sintético a jogar com amigos ou, outrora, como praticante federado ou nos fins-de-semana passados no sofá a ver a Sporttv, anda sempre de braço dado com o desporto rei. Adepto e sócio do FC Porto e presença assídua no Estádio do Dragão. Lá fora sofre, desde tenra idade, pelo FC Barcelona. Guarda, ainda, um carinho muito especial pela Académica de Coimbra, clube do seu pai e da sua terra natal. De entre outros gostos destacam-se o fantástico campeonato norte-americano de basquetebol (NBA) e o circuito mundial de ténis, desporto do qual chegou, também, a ser praticante.