Mais um grande desafio dos oitavos de final do Campeonato do Mundo: frente a frente estiveram o pentacampeão mundial, o Brasil, e a seleção do México, uma das responsáveis pela saída precoce da atual campeã do mundo, a Alemanha.
Ao contrário do que era esperado, foi o México a entrar com mais perigo na partida. Com uma pressão alta sufocante e com uma velocidade de processos exímia, os mexicanos iam tomando o controlo do jogo. Nas bancadas ouviam-se olés.
A partir dos 25 minutos, o Brasil começou finalmente a confirmar o estatuto de favorito. Numa primeira ocasião, Neymar tirou o coelho da cartola e obrigou Ochoa a realizar uma grande defesa; oito minutos depois, o guarda-redes do Standard de Liège foi novamente chamado a intervir, desta feita defendendo o remate de Gabriel Jesus.
Até ao recolher aos balneários, as contas mantiveram-se equilibradas, com as duas equipas a não darem qualquer hipótese no momento de transição defensiva. A igualdade a zero era justa, e deixava um bom presságio para aquilo que viria a ser o resto do encontro.
No segundo tempo, o Brasil entrou a todo o gás, e, logo aos 48 minutos, Coutinho atirou com muito perigo, para mais uma boa intervenção de Guillermo Ochoa.
Como diz o provérbio, “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”: numa excelente jogada de envolvimento ofensivo entre Neymar e Willian, o jogador do Chelsea encontrou espaço e fez o que queria da defesa tricolor, facilitando a vida a Neymar, que só teve de encostar. Estava feito o 1-0 no Estádio de Samara, aos 51 minutos de jogo.
O show de Willian parecia ter começado. Por mais do que uma vez, o jogador canarinho, muito forte no um para um, ia deixando jogadores mexicanos para trás, com o seu brilhantismo. No entanto, o “muro” Ochoa estava lá, e, à semelhança do jogo entre as duas seleções no Mundial de 2014, ia sendo um dos protagonistas do encontro.
Numa altura em que o jogo se encaminhava para acabar sem mais golos, Neymar, com um remate transformado em passe pelo pé de Ochoa, descobriu o recém-entrado Firmino, que com a baliza à sua mercê não vacilou. O “escrete” fazia o segundo na partida aos 88 minutos.
Após a queda prematura de seleções como a Alemanha, Portugal, Argentina e Espanha, o Brasil efetuou uma exibição de gala na segunda parte, e alcançou assim os quartos de final da competição, onde irá encontrar a Bélgica ou o Japão. Com Neymar de volta à sua melhor forma, a seleção canarinha tem agora tudo para conquistar o hexacampeonato, pelo qual o povo brasileiro tanto anseia.
ONZES INICIAIS:
Brasil: Alisson, Fagner, Thiago Silva, Miranda, Filipe Luis; Casemiro, Paulinho (Fernandinho 80’), Coutinho (Firmino 86’); Willian (Marquinhos 90+1’), Neymar, Gabriel Jesus.
México: Ochoa, Edson Alvarez (Jonathan dos Santos 55’), Ayala, Salcedo, Gallardo; Rafa Márquez (Layún 46’), Hector Herrera, Andrés Guardado; Carlos Vela, Lozano, Chicharito (Raúl Jiménez 60’).