CD Aves 1-3 Sporting CP: Prevaleceu a lei do mais forte

    O CD Aves perdeu por 1-3 frente ao Sporting CP, em partida a contar para a jornada 29 do campeonato. Renan ameaçou facilitar o jogo para os avenses, mas prevaleceu a lei do mais forte numa partida em que, com menos um, os leões acabaram por conseguir uma vantagem confortável.

    Três pontos acima da linha de água, com a ressalva de o CD Nacional apenas jogar amanhã, o CD Aves partiu para este encontro com o objetivo de pontuar e conseguir respirar melhor numa luta de aflitos que, a cada jornada, pode fazer os cenários mudarem. Sem Baldé entre as opções disponíveis, por ser emprestado pela formação de Alvalade, Inácio foi obrigado a mudar o onze inicial, abdicando assim daquele que tem sido a principal referência da equipa. Vítor Costa, lateral esquerdo, foi expulso no encontro da última jornada e ficou também de fora, tendo assumido a titularidade para os seus lugares Derley e Matos Milos.

    Já o Sporting CP veio à Vila das Aves para tentar manter a permanência no pódio do campeonato e Keizer fez, por isso, duas alterações em relação aquele que foi o onze titular da semana passada, com a receção ao Rio Ave FC. Borja e Diaby deram lugar a Jovane e Raphinha, tendo o técnico recuado Acuña para defesa esquerdo. Jovane voltou assim a ser titular nos leões, algo que não se verificava desde 23 de dezembro, aquando da derrota na deslocação ao Vitória SC.

    E se a lei do mais forte costuma prevalecer, foi mesmo o Sporting CP que entrou melhor no encontro, com grande pressão junto à baliza adversária. No entanto, Renan escreveu o seu nome na história do jogo, ao ser expulso à passagem do minuto 3. Depois de se deixar ultrapassar por Luquinhas, o guarda-redes leonino fez falta e acabou por ver vermelho direto e deixar os leões reduzidos a dez unidades. Os avenses ainda pediram grande penalidade, mas depois da intervenção do VAR, Artur Soares Dias deu livre, que acabou por não incomodar o recém entrado Salin.

    A expulsão obrigou Keizer a alterar a equipa, com Jovane a ser o sacrificado e a ceder o seu lugar a Salin, mas acabou por não parecer afetar a formação de Alvalade que, aos 12 minutos, Bruno Fernandes ameaçou com um remate forte à entrada da área, a obrigar Beunardeau a defender para canto. E se o primeiro aviso não passou disso mesmo, ao minuto 24 Luiz Phellype abriu mesmo o marcador. O cruzamento foi de Acuña e o avançado leonino não desperdiçou.

    Apesar de estar em vantagem numérica, Augusto Inácio não alterou o esquema tático que planeou para o encontro, continuando a apostar numa linha de cinco defesas. No entanto, cerca de seis minutos depois de sofrer, o CD Aves restabeleceu a igualdade, novamente beneficiando de um erro do guarda-redes do Sporting CP. Luqinhas voltou a ganhar em velocidade à defesa dos leões e Salin apenas o conseguiu travar em falta, com Artur Soares Dias a assinalar de pronto grande penalidade. Falcão foi chamado a converter e fez o um igual no marcador.

    Quando parecia certo que o intervalo ia chegar com o 1-1, Mathieu voltou a dar a vantagem aos visitantes. Ao minuto 44 Bruno Fernandes converteu um livre e aproveitou a colocação da defensiva do CD Aves, com defesas em cima da linha de golo e a colocar todos os adversários em jogo, para cruzar em vez de rematar direto. Wendel falhou uma primeira abordagem, mas o central acabou mesmo por bater Beunardeau pela segunda vez na noite.

    Foi uma boa casa a que preencheu esta noite as bancadas do CD Aves
    Fonte: CD Aves

    O segundo tempo trouxe mexidas nos avenses, com Inácio a aproveitar a superioridade numérica no encontro para abdicar de um dos centrais. Ponck saiu e deu lugar a Varela, que começou a época na equipa de sub-23, e o CD Aves passou a jogar com uma linha de quatro defesas.

    Ainda assim, voltou a ser o Sporting CP a primeira equipa a criar perigo, com um remate forte de Acuña a obrigar Beunardeau a uma boa defesa logo ao minuto 49. O CD Aves respondeu aos 55, com Falcão a rematar para uma defesa fácil de Salin. A primeira grande oportunidade da segunda parte saiu dos pés de Raphinha que, apenas com o guarda-redes pela frente, permitiu a mancha e falhou o dilatar da vantagem, que daria maior tranquilidade aos leões.

    Luqinhas foi sempre um dos mais ativos na frente de ataque dos avenses e um dos que por mais vezes desequilibrou a defensiva leonina, ainda que sem verdadeiro perigo. Augusto Inácio mexeu a pouco mais de um quarto de hora no final e lançou Diallo, mais uma peça para o ataque à igualdade, que mesmo com mais um, nunca esteve facilitada.

    E a verdade é que acabou mesmo por ser o Sporting CP a fazer o golo e colocar um ponto final na história do encontro, ao minuto 84. Bruno Fernandes voltou a ser homem-golo nesta formação leonina e, desta vez, foi de cabeça que fez o 1-3, após cruzamento de Ristovski. 16.º golo para o médio português nesta edição do campeonato. Derley ainda marcou, já à entrada para compensação, mas o golo acabou por ser anulado por falta do avançado sobre Coates.

    O CD Aves fica assim a aguardar a prestação do CD Nacional, CD Tondela, Boavista FC e CS Marítimo, que entram em campo amanhã, para perceber se é ou não ultrapassado na tabela, depois de permanecer com os mesmos 30 pontos com que entrou para este encontro. Já o Sporting CP mantém firme o seu terceiro lugar, agora com 64 pontos.

    Onzes iniciais e substituições

    CD Aves – Beunardeau, Ponck (Varela, 46′), Galo, Jorge Fellipe, Rodrigo, Vítor Gomes (Diallo, 73′), Falcao, Fariña (Rúben Oliveira, 85′), Mato Milos, Luquinhas e Derley

    Sporting CP – Renan, Ristovski, Coates, Mathieu, Acuña, Bruno Fernandes, Gudelj (Doumbia, 71′), Wendel, Raphinha, Luiz Phellype (Diaby, 78′) e Jovane (Salin, 6′)

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    Joana Quintas
    Joana Quintashttp://www.bolanarede.pt
    O gosto pela escrita e a paixão pelo desporto, particularmente pelo futebol, tornaram claro que o jornalismo desportivo seria o caminho a seguir. A Joana é licenciada em Ciências da Comunicação, gosta de estar atenta ao que a rodeia e tem, por norma, sempre uma palavra a dizer sobre tudo.                                                                                                                                                 A Joana não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.