Desde que me lembro, a Madeira sempre foi um dos destinos turísticos mais atractivos da Europa. Já o CD Nacional, na sua época de regresso à Primeira Liga, já passou por alguns períodos conturbados, desde a derrota por 10-0 em casa do SL Benfica, a uma sequência de maus resultados que colocaram o lugar do treinador Costinha em causa. O clube alvi-negro também se tem destacado pela prática de um futebol positivo e pela aposta em jogadores em mercados “exóticos”.
Um dos destaques tem sido um jogador que passou pela formação do emblema insular: o moçambicano Witi Quembo. O extremo que teve uma breve passagem pelos juniores do Benfica em 2015 tem-se finalmente afirmado na equipa do CD Nacional, ao ser um dos principais desequilibradores da equipa de Costinha, contabilizando cinco golos e cinco assistências em 26 jogos.
Dando o salto para a América Central, os golos têm estado a cargo do hondurenho Bryan Róchez. O ponta de lança que foi recrutado à Major League Soccer tem-se afirmado como o principal artilheiro dos insulares, anotando dez golos em 25 golos, mais seis golos apontados na Segunda Liga na época passada.
Sem ter a influência e a utilização regular dos dois jogadores já mencionados, o georgiano Georgi Arabidze é um jogador que também merece aqui destaque. O extremo com formação no Shakhtar Donetsk, que chegaria a ser lançado na equipa principal por Paulo Fonseca, tem dez jogos realizados pelo CD Nacional e um golo marcado.
Chegado mais recentemente ao clube, Sardor Rashidov veio em Janeiro do Usbequistão. Integrou a equipa mais tarde devido à participação na Taça das Nações Asiáticas, tendo no seu segundo jogo pelos insulares apontado um hat-trick ao CD Feirense.
Com estes jogadores, o CD Nacional seguiu o exemplo do Portimonense SC com Nakajima, ao apostar em mercados com pouca tradição no futebol português, o que mostra também a capacidade do clube madeirense em detetar talento.
Foto de Capa: CD Nacional