Se na vertente masculina o China Open é “apenas” um torneio ATP 500, na vertente feminina este não se trata de um torneio do Grand Slam mas anda lá perto. Na capital chinesa alinhavam-se praticamente todas as melhores tenistas do mundo (como Garbiñe Muguruza, Petra Kvitova, Karolina Pliskova, Caroline Wozniacki, Elina Svitolina, Angelique Kerber, Dominika Cibulkova, Johanna Konta, Jelena Ostapenko, Sloane Stephens, Svetlana Kuznetsova, Agnieszka Radwanska, Maria Sharapova ou Simona Halep) para um torneio que, sabia-se à partida, poderia provocar mudanças no topo do ranking WTA e na WTA Race.
E foi isso mesmo que aconteceu! O reinado de Garbiñe Muguruza durou apenas quatro semanas e terminou da pior forma: logo na primeira ronda, frente a Barbora Strycova, a espanhola de 23 anos desistiu do encontro no segundo set. Muguruza, sabia-se, estava com gripe e tal não lhe permitiu terminar em encontro no qual, claramente debilitada, estava a ser verdadeiramente cilindrada por Strycova. Simona Halep aproveitou da melhor forma e, desta vez, não desperdiçou a oportunidade: chegando à final do China Open Halep tornou-se, aos 26 anos de idade, na 25ª tenista a atingir o topo do ranking WTA (a quinta em 2017!). Este é também um feito inédito para o seu país, já que nunca uma tenista romena havia chegado à liderança do ranking mundial da modalidade.
No que ao torneio diz respeito, se a combatividade e consistência de Halep não são novidade e, como tal, não é surpreendente a sua chegada à final, do outro lado da rede a adversária era uma verdadeira outsider. Depois de vencer o Dongfeng Motor Wuhan Open na semana anterior, Caroline Garcia chegou a Pequim motivada e num grande momento de forma e, assim, deixou pelo caminho Elise Mertens, Alizé Cornet, Elina Svitolina (num extraordinário encontro de ténis) e Petra Kvitova para chegar à final.