Competitividade a três

    O Mundial de Ralis (FIA WRC) chegou ao fim com menos uma ronda disputada. O rali da Austrália foi cancelado devido aos fogos que se fizeram sentir na região onde os carros do WRC passam.

    Assim, com o título de pilotos já entregue a Ott Tanak (Toyota Yaris WRC), o título de construtores ficou com a Hyundai Motorsport, que finalmente alcança um troféu muito desejado.

    A Hyundai Motorsport venceu o campeonato de construtores
    Fonte: Rally RACC

    Mas comecemos no início. Para esta temporada havia muita expetativa. Sébastien Ogier regressava à Citroen, vindo da M-Sport Ford, com o título de campeão do mundo. Esapekka Lappi seria o companheiro do francês na marca do double Chevron, que certamente queria ganhar no aniversário da marca.

    Na Toyota, Ott Tanak afigurava-se como um dos grandes opositores a Ogier. O piloto estónio vinha de uma época de 2018 muito positiva, querendo continuar a subir as suas prestações pela marca japonesa. Juntamente com Tanak, estava o veterano Jari-Matti Latvala e o regressado ao mundial, depois de ser despedido da Citroen, Kris Meeke.

    Na marca sul coreana tínhamos Thierry Neuville. O belga iria pilotar o Hyundai i20 WRC à procura, mais uma vez, do título de campeão do mundo. Mas a equipa coreana também queria os construtores e para isso foi buscar um piloto de renome, Sébastien Loeb. Assim, era a primeira vez que Loeb e Daniel Elena iriam correr no mundial de ralis num carro não francês e não pertencente ao grupo PSA. Juntamente com Loeb, no início da temporada estavam Dani Sordo e Andreas Mikkelsen.

    Na M-Sport Ford, Elfyn Evans era agora o piloto principal do Ford Fiesta WRC. O piloto de Gales completava assim um ‘circuito’ impressionante. Começou no Ford Fiesta R2, passou pelo Ford Fiesta R5 e agora comandava as hostes da oval azul com o Ford Fiesta WRC. Juntamente com Evans estava Teemu Suninen. Gus Greensmith e Pontus Tiedmand dividiam o carro e Haydon Paddon ainda tentou rodar com o Fiesta WRC, mas a ronda australiana foi cancelada, tendo o piloto da Nova Zelândia apenas rodado competitivamente com o Ford Fiesta R5 MkII.

    Apresentações mais ou menos feitas, vamos à temporada de 2019, que começou, mais uma vez, nas estradas históricas do Monte Carlo. Aqui, Ogier mostrou que a mudança para a Citroen não iria deixar o campeão do mundo atrás dos seus rivais e venceu o rali sobre Thierry Neuville e Ott Tanak.

    Na Suécia, tivemos o regresso de Marcus Gronholm à competição. O antigo campeão do mundo de ralis voltou a bordo de um Toyota Yaris WRC. O regresso deste piloto e o facto de ter corrida contra Sébastien Loeb na super especial fez-nos relembrar o princípio do milénio.

    Gronholm voltou ao WRC a bordo do Toyota Yaris WRC
    Fonte: Toyota GAZOO Racing WRT

    Aqui, o mais rápido foi Ott Tanak, seguido de Esapekka Lappi e de Thierry Neuville.

    Da neve da Suécia para as estradas cheias de pó do México, Ogier reergueu-se da má prestação na neve para vencer o rali, seguido mais uma vez de Ott Tanak, com Elfyn Evans a colocar o Ford Fiesta WRC pela primeira vez no pódio.

    Na França, o vencedor falou francês, mas foi o belga Thierry Neuville que conquistou a sua primeira vitória do ano e a primeira do Hyundai i20 WRC. Na ronda seguinte, na Argentina, o belga repetiu a vitória, mas desta vez a Hyundai fez a dobradinha, com Andreas Mikkelsen a ficar na segunda posição.

    Thierry Neuville, no rali da França e no rali da Argentina, arrancou duas vitórias consecutivas
    Fonte: WRC
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