Mais uma vitória para o Sporting Clube de Portugal que permite manter a turma leonina no topo da tabela no Campeonato Nacional.
É um jogo sem muita história e quase sempre com um herói a fazer a diferença: Rui Pedro dos Santos Patrício.
O Sporting entrou em campo apático e deu 45 minutos de avanço à equipa verde rubro da Madeira. Valeu o guarda-redes leonino com uma enorme defesa aos 14 minutos a evitar que o Marítimo se adiantasse no marcador. Na primeira parte, a pressão da equipa insular foi tão alta que não permitia ao Sporting respirar e construir grandes jogadas ofensivas, com exceção de um remate de Bryan Ruiz, o Sporting pouco mais criou.
Neste jogo, Jorge Jesus foi obrigado a “inventar” soluções novas com as ausências de Teo e Slimani e o último sector dos leões ressentiu-se da ausência dessas peças. Também Jefferson viu a sua vida bem complicada a correr todos os primeiros 45m atrás de Marega que tentava com toda a velocidade ultrapassar o brasileiro. As alas do Sporting também mostravam-se inconsequentes na construção de jogo, fazendo com que o fio de jogo leonino fosse muito concentrado no centro do terreno.
Na segunda parte, a história quase se mantém, mas com menos “gás” do Marítimo (era impossível manter o ritmo da primeira parte). Uma grande jogada coletiva, finalizada pelo capitão Adrien Silva, permitiu o golo aos leões e respirar um pouco de alívio. A partir daí o Sporting dominou a partida e trocava a bola de uma forma mais tranquila e segura, tentando enervar a equipa madeirense.
Aos 77 minutos uma desatenção da defesa do Sporting permite outra enorme defesa ao guarda-redes leonino.
Jorge Jesus está a pensar a equipa de trás para a frente… está a criar uma grande estabilidade defensiva para depois, rapidamente, poder construir jogadas que permitam atingir o objetivo do futebol: marcar golos. Mas é necessário construir um bocado mais… pelo segundo jogo consecutivo, o Sporting sente grandes dificuldades em criar oportunidades de golo.
A Figura:
Rui Patrício – está num momento de forma tremendo e é exatamente aquilo que o Sporting precisa… um guarda-redes que não é muito chamado à ação, mas que quando o é, responde com grande categoria. Já não é o primeiro jogo onde é decisivo, mas neste foi novamente o grande responsável da inviolabilidade da baliza leonina.
O Fora-de-Jogo:
Jorge Jesus e João Mário – Um jogador como João Mário não pode jogar encostado à linha e sem grandes hipóteses de mostrar todo o seu futebol. João Mário é um criativo e tem de ter liberdade para espalhar o seu perfume. Jorge Jesus insiste em colar João Mário à linha e apaga a magia e a chama do médio leonino.
Foto de Capa: FPF