Do 8 ao 80!

    Dois jogos e duas exibições completamente diferentes no dragão nas duas últimas partidas. Contra o SL Benfica uma exibição fraca, apática, onde o FC Porto pareceu estar sempre “perdido” dentro do terreno sem a sua verdadeira identidade. Passados quatro dias e a equipa parecia outra, com atitude, agressividade, intensidade. O FC Porto, que tem brilhado sobre o comando de Sérgio Conceição, voltou frente aos italianos da AS Roma e fez uma exibição a roçar a perfeição.

    Este FC Porto não tem sido tão avassalador no Campeonato em comparação com o que fez na época passada, principalmente, nos jogos contra os melhores adversários da nossa liga. Em oito jogos (no Campeonato) contra SL Benfica, SC Braga, Sporting CP, Moreirense FC e Vitoria SC os azuis e brancos obtiveram apenas duas vitórias, três empates e três derrotas. São números que merecem alguma reflexão.

    O FC Porto, na época transata, entrou no Campeonato com as expetativas baixas mas a intensidade, agressividade, as dinâmicas que conseguia impor e a variabilidade tática utilizada foram uma surpresa para os adversários e o FC Porto foi um autêntico “rolo compressor”. Nesta época, os principais adversários já perceberam muitas destas dinâmicas e preparam os jogos contra os azuis e brancos de forma diferente.

    O FC Porto continua unido na busca dos seus objetivos
    Fonte: FC Porto

    Perceberam que tinham de baixar mais os blocos defensivos não permitindo que o FC Porto consiga atacar a profundidade de forma tão eficaz como fez na época passada, perceberam que tinham de baixar e quebrar constantemente os ritmos de jogo porque dificilmente conseguiam no plano físico ganhar vantagem a este FC Porto, perceberam que na primeira fase de construção tinham de criar mais linhas de passe porque a pressão exercida pelo FC Porto era fortíssima e levava ao erro facilmente.

    Na minha opinião, foram os adversários que melhoraram e não o FC Porto que perdeu qualidade. Porque se formos analisar a prestação dos azuis e brancos na Liga dos Campeões que, em oito jogos conseguiu seis vitórias e já atingiu os quartos-de-final, percebemos que a qualidade no jogo portista continua intacta.

    Penso que, em alguns jogos do Campeonato, como foi o caso do passado sábado frente o SL Benfica, a abordagem não foi a mais correta, o empate não era um mau resultado e o jogo podia ter sido controlado de uma outra forma, com mais posse, controlando melhor os ritmos de jogo sem procurar constantemente a profundidade através de Marega. A inclusão de mais um médio podia ter sido uma boa opção. Mas nada disto põe em causa o magnifico trabalho de Sérgio Conceição que, na minha opinião, é um treinador de top mundial.

    Foto de Capa: FC Porto

    Artigo revisto por: Jorge Neves 

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