Eintracht Frankfurt FAG 2-0 SL Benfica: Nem golos, nem futebol bonito

    Segunda mão dos quartos-de-final da Europa League e o Benfica visitou a “casa” do Frankfurt depois de vencer os alemães por quatro bolas a duas no Estádio da Luz.

    A primeira parte do jogo revelou muitas dificuldades defensivas por parte da equipa encarnada. Quando se esperava que o 4-4-2 de Bruno Lage imperasse em solo alemão, o treinador encarnado improvisou um 4-2-3-1 para travar os movimentos interiores da equipa da casa. Contudo, a equipa do Frankfurt procurou sempre os movimentos exteriores na tentativa de explorar as costas de André Almeida. No centro do terreno, Fejsa mostrou algumas dificuldades na parceria com Samaris, pois muitas vezes existia descoordenação nos movimentos ofensivos, ficando na dúvida acerca de qual deles é que tinha essa responsabilidade. Sendo eles os médios da equipa, o Benfica raramente conseguiu transportar jogo com coordenação. Félix e Rafa acabaram por ser os homens de ataque, que apostaram na velocidade e no desequilíbrio para atacar a equipa adversária.

    Aos 36 minutos, e após a bola beijar o ferro direito de Odysseas, Filip Kostic encostou o esférico para dentro das redes encarnadas e reduziu a diferença no marcador geral para 4-3. Após o golo sofrido, e claramente em fora de jogo, Bruno Lage acabou por ser expulso do recinto de jogo após palavras para dentro das quatro linhas. Ordem de expulsão, provavelmente, devido aos protestos com o árbitro, tendo em conta o fora de jogo do lance do golo.

    Após o golo sofrido, o Benfica não conseguiu estabelecer-se no jogo e restou um jogo defensivo encarnado e uma tentativa do Frankfurt em marcar o segundo golo da partida.

    Rúben Dias dividiu o centro da defesa com Jardel. O português tem sido titular indiscutível esta temporada na defesa encarnada
    Fonte: SL Benfica

    Dos balneários regressaram duas equipas diferentes daquelas que abandonaram o terreno de jogo. O Benfica procurou logo controlar o jogo, usando a posse de bola como principal arma. Aos dois minutos do segundo tempo, João Félix esteve perto do empate ao rematar em cima da baliza, mas a bola passou ao lado do poste mais longe do guarda-redes. Uma das melhores oportunidades do jogo.

    Aos 67 minutos, o Frankfurt chegou ao tão desejado segundo golo. O médio alemão, Rode, puxou o pé direito e, de fora de área, fuzilou a baliza de Odysseas. Um golo muito procurado pela equipa alemã, que, nos minutos anteriores, esteve a procurar movimentos para chegar às redes do guardião encarnado. Segundo golo da equipa da casa que colocou os alemães na frente do marcador na eliminatória.

    De imediato, a equipa encarnada tentou procurar uma melhor alternativa no banco de suplentes e fez entrar Pizzi para o lugar de Samaris, uma substituição ofensiva que nunca chegou a trazer algo de diferente ao encontro. Dois minutos depois, foi a vez de Rafa de dar o seu lugar ao regressado Salvio. O argentino voltou aos relvados depois de longas semanas de recuperação de uma lesão. Outra substituição que não trouxe nada de especial do banco de suplentes, talvez muito pela falta de forma do camisola 18 dos encarnados. Também de imedianto foi a vez de Gonçalo Paciência, ex-FC Porto, entrar para dentro do relvado, ocupando o lugar do emprestado pelo Benfica, Jovic. Uma substituição troca por troca, onde o treinador austríaco Hutter procurou um homem mais fixo na área de Odysseas.

    O Benfica continuou a não conseguir explorar nem as alas nem a zona mais interior do terreno, visto que a equipa de Frankfurt atacava de imediato, sempre que um passe encarnado era efetuado. Uma estratégia defensiva que resultou, pois a equipa encarnada perdeu muitas bolas cruciais. A última substituição encarnada deu entrada a Jonas e saída do lateral André Almeida. Aos 84 minutos, o Benfica teve a melhor oportunidade de golo com Salvio a fuzilar a baliza de Trapp, mas o ferro esquerdo da baliza alemã a travar o esférico de entrar na baliza do ex-PSG.

    De imediato, o Frankfurt efetuou a segunda substituição, fazendo entrar Torró e saindo o autor do segundo golo, Rode, uma substituição que tentou reforçar a zona mais central do terreno, obrigando o Benfica a esforçar-se mais para ultrapassar aquela zona do terreno. Sem ideias e sem forma de jogo, o tempo foi passando e o Benfica não conseguiu criar perigo às redes adversárias, lutando também com várias pausas de jogo devido a jogadores aleijados e paragens de velocidade de jogo por parte da equipa adversária. A última substituição foi uma troca de centrais com Fallete dando lugar a Willems.

    O Benfica perdeu em solo alemão por dois a zero, ficando pelo caminho da prova da Europa League. Uma eliminatória empatada a quatro bolas, mas os golos fora da equipa do Frankfurt acabaram por favorecer a equipa alemã.

    ONZES E SUBSTITUIÇÕES

    Eintratch Frankfurt FAG – Kevin Trapp, Danny da Costa, David Abraham, Makoto Hasebe, Simon Falette (Jetro Willems, 90+2′), Gelson Fernandes, Gacinovic, Sebastian Rode (Lucas Torró, 86′), Rebic, Luka Jovic (Gonçalo Paciência, 76′) e Filip Kostic

    SL Benfica – Odysseas Vlachodimos, André Almeida (Jonas, 79′), Rúben Dias, Jardel, Alex Grimaldo, Fejsa, Samaris (Pizzi, 70′), Gedson Fernandes, Rafa (Salvio, 72′), João Félix e Seferovic

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    João Neves
    João Neveshttp://www.bolanarede.pt
    O João é benfiquista desde que se lembra. Nascido e criado em Aveiro, com uma experiência de cinco anos de vida em Moçambique, vive em Lisboa desde Agosto de 2015. A acompanhar os jogos do Benfica desde sempre e sem falhar a presença no Estádio da Luz pelo menos uma vez por ano, desde sempre que escreve textos pessoais acerca do Benfica e sobre o futebol em geral. Com coragem para defender e criticar o clube da Luz sempre que for preciso, tem mais interesse pela arte do futebol praticado do que pelas polémicas ou aspectos que mancham o desporto rei.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.