Fabio Jakobsen vence ao sprint na chegada a Lagos

    Mais um ano e mais uma Volta ao Algarve em bicicleta. A primeira etapa desta 45ª edição teve início na cidade europeia do desporto de 2019, Portimão.

    Com 168 ciclistas no pelotão, muitos deles de equipas do World Tour, fazia-se esperar um fantástico arranque. Grandes nomes como Fabio Aru (UAE Team Emirates), Pascal Ackermann (Bora Hansgrohe), Yves Lampaert (Deceunick Quick-Step) e Dylan Groenewegen (Team Jumbo-Visma) marcam presença na Algarvia e são algumas das apostas das equipas estrangeiras nesta corrida em início de temporada.

    Partida do pelotão na cidade de Portimão, perto da zona ribeirinha.
    Fonte: Ana Rita Nunes/Bola na Rede

    Esta primeira etapa estava claramente destinada aos sprinters com um percurso, em grande maioria, plano e com uma chegada com quase um quilómetro de recta.

    Pouco depois da partida, uma fuga composta por cinco elementos. Entre eles Pedro Paulinho (Efapel), David Ribeiro e Marvin Scheulen (LA Alumínios-LA Sport), José Mendes (Sporting-Tavira) e Rafael Lourenço (UD Oliveirense/InOutBuild).

    Após o prémio de montanha, com passagem pela Nave, José Mendes separa-se do grupo e isola-se. O fugitivo vai ganhando alguma vantagem em relação ao grupo perseguidor mas nada que não esteja a ser controlado pelo pelotão. Entretanto há uma fuga de Antonio Angulo e Sérgio Paulinho, ambos da Efapel, e José Mendes acaba por ficar para trás. A cerca de 30 Km para a meta era já percetível que os fugitivos não tardariam a ser apanhados e, pouco depois, os 168 ciclistas que compõem o pelotão estavam de novo reunidos.

    José Mendes (Sporting/Tavira) em fuga na passagem pela zona dos Casais
    Fonte: Ana Rita Nunes/Bola na Rede

    Aproximando-se o final da etapa, as equipas começaram a discutir as melhores posições e a defenderem os seus sprinters. No entanto, nada faria prever o que aconteceu a seguir.

    Grande parte das suposições de possíveis vencedores desta primeira etapa caíram por terra depois de uma aparatosa queda a apenas sete quilómetros do final da corrida. Com um pelotão bastante compacto e a criar os comboios para melhor se posicionarem, o toque entre dois ciclistas foi o suficiente para deixar mais de metade do pelotão para trás. Groenewegen, vencedor da etapa com chegada a Lagos do ano passado, foi apenas um dos candidatos que ficaram presos atrás de uma muralha de ciclistas caídos. Com toda a confusão gerada apenas cerca de 50 ciclistas conseguiram seguir sem ser prejudicados.

    Com um pelotão totalmente partido foi um grupo reduzido a discutir a vitória da etapa. Restava perceber quais dos que conseguiram passar estariam aptos para discutir uma etapa ao sprint.

    Simone Consonni começou cedo o sprint, ainda nos 800 metros. A Deceunick Quick-Step, que esteve sempre bem posicionada, não deixou que o italiano se afastasse e lançou Fabio Jakobsen para o sprint. O campeão alemão, Pascal Ackermann ainda tentou ir na roda do holandês mas não conseguiu alcançá-lo. A leitura da corrida e o timing de Jakobsen foram perfeitos e, apesar de um longo e intenso sprint, cortou a meta, tranquilamente, em primeiro lugar. Arnaud Demare (Groupama-FDJ) ocupou o segundo lugar e Ackermann fechou o pódio em terceiro lugar. Simone Consoni não conseguiu surpreender e acabou por ficar de fora depois de um sprint precipitado e terminou no quarto lugar.

    O momento em que Fabio Jakobsen (DQS) alcança Simone Consonni (UAD) a poucos metros da meta
    Fonte: Ana Rita Nunes/Bola na Rede

    Depois desta chegada plana e ao sprint na cidade de Lagos segue-se uma etapa com contornos bem diferentes. A segunda etapa da Volta ao Algarve terá início em Almodôvar e irá terminar na Fóia, em Monchique. Uma segunda etapa dedicada aos trepadores em que tudo pode mudar na classificação. Está ainda tudo em aberto nesta 45ª edição depois de os primeiros 25 corredores terem cortado a meta sem tempo de diferença.

    Foto de Capa: Ana Rita Nunes/Bola na Rede

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    Ana Rita Nunes
    Ana Rita Nuneshttp://www.bolanarede.pt
    Acompanhante assídua de MotoGP e fã incondicional do piloto Miguel Oliveira. A paixão pelo desporto motorizado começou aos 16 anos no meu primeiro trabalho, no mundial de Superbikes, no Autódromo Internacional do Algarve. Foram apenas 3 dias mas foi o suficiente para deixar o fascínio pelo mundo das duas rodas.                                                                                                                                                 A Ana escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.