Voltaram os problemas na hora de transformar em golo as oportunidades criadas. O FC Porto deixou Paços de Ferreira mais longe do primeiro lugar, não podendo, desta vez, atribuir à arbitragem a culpa por mais um resultado negativo.
Início intermitente dos dragões, que desde cedo manifestaram a vontade em assumir as despesas da partida, como, de resto, não poderia deixar de ser. Primeiro Jota, isolado por André Silva, não conseguiu bater Defendi, e depois o próprio André Silva, à boca da baliza, não deu o seguimento que se exigia a um cruzamento de Herrera.
Duas oportunidades de golo soberanas na primeira dezena de minutos deixavam antever que os problemas na finalização viriam a persistir. O Paços, por sua vez, encontrou no contra-ataque uma via alternativa para colocar em sentido a defensiva contrária, chegando, inclusive, a reclamar, com razão, uma grande penalidade por mão de Alex Telles. À parte isso, os golos teimavam em não aparecer para os azuis e brancos, depois de nova investida. Óliver recupera a bola e serve Corona, que, depois de rematar contra os defensores pacenses, viu o seu colega espanhol permitir uma enorme defesa ao guardião da equipa da casa.
De seguida, novamente Jota, a aparecer nas costas da defensiva contrária, servido por Herrera, a esbarrar mais uma vez no ‘goleiro’ dos castores. Os minutos iam passando, os nervos acentuavam-se, e com isto chegava o intervalo, sem que os dragões conseguissem expressar no resultado a superioridade evidenciada em campo. Ainda que sem uma exibição brilhante, o FC Porto justificava um resultado diferente, à saída para as cabines.
No regresso, um Paços mais atrevido quase fazia mossa; contudo, o cabeceamento de Welthon saiu ao lado. Mesmo em falta, estava dado o aviso. A palestra de Vasco Seabra teve, de alguma forma, o condão de despertar os pacenses para um atrevimento ofensivo que não se lhes tinha visto até então. Já o FC Porto mantinha a tendência de falta de clarividência ofensiva, aliada a uma displicência gritante na hora de finalizar as oportunidades criadas. André Silva voltou a desperdiçar um belo passe de Jota, novamente com Defendi a vestir a pele de herói. Logo de seguida foi Rúben Neves a ver as suas intenções serem negadas pelo guardião brasileiro.
Não estava fácil a vida para o FC Porto, e Nuno decidiu lançar Rui Pedro em detrimento de Diogo Jota. O coração começou a falar mais alto do que a cabeça e o resto da história é uma inevitabilidade: golos e mais golos falhados de uma forma absolutamente inacreditável. O problema da finalização parece ter voltado e, assim, não há candidato ao título que resista.
Foto de Capa: FC Porto