Para todos os treinadores de bancada a espera terminou, porque a grande questão voltou à tona: Mourinho ou Guardiola? Francisco Chaló, antigo treinador do Paradou AC, da Argélia, foi o nosso primeiro convidado no retorno do Mourinhos vs Guardiolas. Com várias passagens por clubes da Primeira e da Segunda Liga Portuguesa, o treinador português falou sobre a sua experiência no continente africano e deu-nos uma verdadeira «aula» de Futebol.
Na Argélia desde 2018, Francisco Chaló contou-nos sobre o futebol praticado no país e tentou, sobretudo, caracterizar o jogador argelino. “Selvagem” e com poucas perceções daquilo que é o jogo foram as qualidades que sobressaíram à primeira vista. Porém, afirmou que o trabalho do treinador é o de dar a possibilidade do jogador compreender o jogo para que tenha sucesso. Uma qualidade que pretende desenvolver o jogador e que dará os atributos necessários para se destacar na Europa – numa «transição mais suave».
Não são muitos quilómetros que separam ambos os continentes – Europa e África – , porém, as diferenças futebolísticas são bem notórias. Em termos logísticos, de treino e de condições atmosféricas, em muitos casos, são uma complicação.
Francisco Chaló revelou-nos ainda que nas competições continentais o Paradou AC demorou três dias até chegar ao país de origem do seu adversário, a Nigéria. Contudo, o momento mais marcante foi mesmo quando a sua equipa esteve “proibida” de pisar o relvado antes da partida com o CI Kamsar, da Guiné Conacri, e o treino de adaptação acabou por ser atrás de uma baliza, à noite.
Do futuro pouco ainda sabe, afirmando mesmo que «hoje, estou livre. Amanhã não sei!». O treinador português encontra-se livre e os contactos já têm chegado. Com quase toda a Europa “ocupada”, resta apenas as opções do Golfo Pérsico e do continente africano. Francisco Chaló afirmou que «foi pena» estar preso ao clube argelino até há pouco tempo, pois o seu regresso a Portugal podia estar iminente. Contudo, acredita que voltará a treinar em terras portuguesas.
Programa com moderação de Diogo Soares Loureiro, participação de Francisco Pinho Sousa e com o convidado Francisco Chaló.
Artigo revisto por Diogo Teixeira