Finito! Terminou aquela que é, para muitos, considerada a Grande Volta mais difícil e espetacular das 3 existentes. Diferente da “cotação” e do sentimento de “épico” que tem o Tour de France, obviamente, não deixa de ser uma corrida extremamente incrível tendo em conta todo o tipo de etapas que existem e a mentalidade que os ciclistas apresentam nesta volta.
No meu artigo de antevisão, Nibali/Valverde/Landa eram, teoricamente, o trio mais forte para ocupar os lugares do pódio final. Se Nibali e Valverde não desiludiram no final, Landa, devido a uma gastroenterite, teve de abandonar a meio este Giro. No fim de tudo, o Tubarão como que renasceu das cinzas (à 18.ª etapa estava a quase 5 minutos da liderança) e arrecadou mais um GT e o seu segundo Giro d’Itália!
Mas vamos por etapas e comecemos pelo contrarrelógio inicial e que abriu as hostes para o que viria a ser uma Volta a Itália bastante discutida e apenas decidida no penúltimo dia de prova. Tal como previsto, Tom Dumoulin não deixou escapar a oportunidade de ter a maglia rosa no seu corpo e venceu este “prólogo”. Ainda assim, o surpreendente Primoz Roglic ia tirando a rosa ao holandês, sendo que não o fez por meras centésimas…mas o ciclista esloveno não ia ficar por aqui, tal como veremos mais há frente.
Em terras holandesas, Marcel Kittel foi rei. Duas vitórias seguidas para o homem da Etixx e a camisola rosa chegou como um bónus muito bem-vindo para o alemão depois de ter conseguido fazer um contrarrelógio que lhe dava as esperanças de conseguir chegar a tão desejada camisola. As melhores perspetivas concretizaram-se mesmo e o alemão, sabendo que as bonificações de uma vitória nos sprints lhe davam a camisola, não permitiu veleidades a ninguém e arrecadou para si, durante um dia, a rosa.
Chegou a quarta etapa e tivemos um Diego Ulissi de volta às vitórias no solo do seu país. Foi uma etapa bem à sua medida e que voltou a ter, no fim do dia, Tom Dumoulin com a liderança da geral. Na quinta etapa, André Greipel aproveitou o perfil da etapa (Kittel ficou fora da luta) para conseguir ter mais uma vitória em Grandes Voltas. No Giro, em cada participação, tem tido sempre pelo menos uma vitória e voltou a não vacilar nesse aspeto.