A CORRIDA: NÃO HÁ CHUVA QUE PARE O “FOGUETÃO” DA RED BULL
O histórico e imprevisível Circuito de Spa-Francorchamps foi palco de mais um atribulado Grande Prémio da Bélgica, com as sessões de qualificação, “Sprint Shootout” e de Sprint a ocorrerem em condições climatéricas mistas, o que adicionou um pouco de caos ao fim-de-semana.
Já a corrida de domingo foi a antítese de todo o fim-de-semana, com a chuva a aparecer de forma tímida que nem beliscou a estratégia de corrida das equipas, no entanto, Max Verstappen sentiu os perigos da pista húmida, quase perdendo o controlo do seu carro em “Eau Rouge”, num momento em que, a queda de chuva, atingiu o seu pico.
A corrida começou com dois pilotos particularmente agressivos, um deles foi Sergio Pérez que arrancou completamente para cima de Lewis Hamilton que teve de abrandar para não colidir com o mexicano da Red Bull. O outro foi Carlos Sainz, que trava tardíssimo na entrada para a primeira curva, queimando a travagem e colocando, Oscar Piastri, entre a espada e a parede, o resultado foi uma colisão entre ambos que retirou o australiano da McLaren da corrida e, algum tempo depois, o espanhol da Ferrari.
No meio de toda a confusão, surge Verstappen que rapidamente se coloca na traseira de Hamilton, o britânico ainda conseguiu aguentar o piloto da Red Bull mas, mal a direção de corrida permite o DRS, o neerlandês só teve de esperar até conseguir uma ultrapassagem sem dificuldades, depois de Hamilton, seguiram-se Leclerc e, por fim, o seu colega de equipa Sergio Pérez, terminando assim a corrida pois, até à meta, as posições mantiveram-se inalteradas, mesmo com o aparecimento de chuva e as paragens nas boxes.
Assim sendo, o GP da Bélgica foi mais uma corrida com muitas lutas abaixo do quarto lugar e, especialmente, nas últimas posições pontuáveis. Com destaques para a ótima recuperação de Norris que, a dada altura, esteve na última posição, os Williams também se mostraram competitivos no início da corrida, mas não foram consistentes e acabaram no fundo do pelotão. Por fim, em plena crise com dois despedimentos de alto nível, a Alpine teve uma grande alegria no sprint mas, não conseguiu replicar o sucesso na corrida de domingo.
PILOTO DO DIA
MAX VERSTAPPEN – Apesar de não ter tido dificuldades em chegar ao primeiro lugar, o facto de ter conseguido controlar o carro quando este começou a deslizar em “Eau Rouge” garante-lhe a honra de ser o piloto do dia.
DESILUSÃO DO DIA
CARLOS SAINZ – Começou muito mal a corrida ao queimar a travagem logo na chegada à primeira curva, depois disso acaba por colidir com Oscar Piastri, acabando com a corrida do australiano e, passado umas voltas, com a sua própria corrida.