Afinal, que história é essa que envolve o verde, o pai natal e o Sporting? “O Sporting só dura até ao Natal”. Foi a frase que mais ouvi desde a minha puberdade. Talvez seja por isso que abdiquei do espírito natalício.
A azia tem sido descomunal, o que não sentido deseja um “santo e feliz natal”. Para mim, o Natal tem de ser verde, mas não nas cores do São Nicolau, como referiu Bruno de Carvalho. Tem de ser verde na tabela classificativa e na hegemonia do Futebol português. Estou tão saturado dos posts do presidente como dos erros gramaticais que aquela jovem apresentadora dá no programa Superquiz que passa à noite no canal 4.
Por vezes, questiono-me quanto tempo perde o homem a escrever tanta coisa? Serei o único a pensar que quanto mais fala mais alimenta a polémica? Para burro de circo já basta o capote do Pedro Guerra e os programas semanais que incentivam mais à violência do que as publicidades dos combates de UFC ou MMA. Numa fase cirúrgica da temporada, o Sporting recebe o Olympiacos para garantir a continuidade nas provas europeias. Na mesma semana, vai à capital do móvel mostrar ao IKEA que não precisa de ferramentas para garantir os três pontos.
É certo que falar é fácil, o jogo com o Paços de Ferreira é crucial para as aspirações leoninas. Jesus precisa de lembrar os seus jogadores de que uma vitória num terreno complicado não compromete o campeonato e lança pressão aos rivais que se defrontarão na jornada seguinte. Se o Natal tem de ser verde, que se aplique a fórmula vencedora. Afinal, aquilo que se pretende é um espírito natalício sem qualquer tipo de indisposição e uma onda verde tão grande como a maior onda da Nazaré.
Se for um tsunami verde, ainda melhor, porque 2018 começa com o eterno dérbi e as cuecas da passagem de ano serão azuis como o desejo de uma criança na mais profunda e sincera inocência.
Foto de Capa: Bola Na Rede
Artigo revisto por: Ana Rita Cristóvão