Recebeu, adiantou um pouco a bola e rematou com toda a sua raça de Dragão para o fundo das redes defendidas por Cláudio Ramos. Que golaço de Rúben Neves! A coroar uma grande exibição e a encher os olhos aos adeptos que se deslocaram ao Estádio de Dragão.
Antes de mais, é importante perceber e realçar que estamos a falar de um miúdo. Tem apenas 19 anos e está a realizar a sua terceira temporada na equipa principal do seu clube de coração. Além disso, é um jogador muito diferente de Danilo Pereira. Será que são incompatíveis no mesmo onze? Não, não são.
Como se verificou no jogo contra o CD Tondela, o FC Porto viu algumas dificuldades em controlar o atrevimento inicial da equipa orientada por Pepa. Uma das razões que vejo para explicar essas dificuldades foi a ausência de Danilo Pereira, uma vez que a equipa que ocupa o último lugar do nosso campeonato conseguiu provocar desequilíbrios no setor mais recuado dos portistas. Muitos desses desequilíbrios, não querendo ser injusto, são explicados pelo fraco posicionamento defensivo de Rúben Neves.
É aqui que vai começar a minha explicação para a minha opinião sobre o Rúben. Ao contrário de Danilo, ou até mesmo de Fernando, o nosso jovem de 19 anos não vai singrar na posição seis. Tenho esperança que Nuno Espírito Santo perceba que o Rúben tem características que o podem tornar num oito de classe mundial. Já deu para perceber que se sente muito confortável com a bola nos pés, tem uma visão de jogo de alto nível, tem uma capacidade de passe fora do normal, sabe decidir bem no último terço do terreno de jogo e tem um excelente remate fora de área.
É por ter esta ideia que o vejo como uma alternativa e o substituto natural de Óliver Torres. Será que o jovem jogador espanhol é assim tão diferente de Rúben? Ou têm características idênticas? Adaptem o miúdo a oito e logo me dão razão.
Foto de Capa: FC Porto
Artigo revisto por: Francisca Carvalho