Justiças e injustiças na base dos All-Stars

    cab nba

    Bem, este texto devia ser em seguimento do que foi feito há umas semanas. Contudo dois acontecimentos fizeram com que um artigo com esse intuito se tornasse obsoleto: Primeiro, os cinco iniciais já foram escolhidos e, no meio de tanta coisa, duvido que os leitores concordem a 100%, ou sequer que se dêem ao trabalho de ler a minha análise de quem é que deve ou não ir aos All-Stars; Segundo, aquando da minha análise dos jogadores da conferência Oeste fiquei absolutamente assustado e, de uma forma preguiçosa e até cobarde, decidi não escrever, isto por não conseguir sequer escolher os bases.

    Por muita pena que me dê Kobe Bryant se ter lesionado, foi uma espécie de bênção para a minha cabeça, mas, mesmo assim, foi melhor para James Harden, do que para o Black Mamba. Mais à frente irei explicar o porquê.

    Nas próximas linhas vou dizer, muito por alto, alguns dos bases (Point Guards e Shooting Guards) que jogam do lado da Costa Oeste.

    Stephen Curry (Óbvio. Foi o atleta com mais votos);

    Klay Thompson (Está a fazer uma época soberba, até agora. Merece estar lá);

    Mike Conley (Constantemente colocado de parte, Mike Conley tem feito por merecer marcar presença no jogo das maiores estrelas da liga);

    Damian Lillard (Como é que um dos líderes da NBA em pontos por quarto período e um dos melhores bases actualmente não marca presença?);

    James Harden (O líder da liga em pontos e da equipa dos Rockets deveria até ser titular);

    Chris Paul (Por muitos, considerado o melhor base da NBA, Chris Paul é presença assídua no jogo de Fevereiro);

    Rajon Rondo (Estamos a falar de um base que lidera a liga em triplos-duplos há uns largos anos, e grande parte dessas épocas esteve lesionado.);

    Monta Ellis (Também está, para mim pelo menos, a fazer a época da sua vida, é um jogador explosivo e espetacular);

    Tony Parker (Convenhamos… É Tony Parker. Como é que não é All-Star? O base titular dos campões tem de marcar presença);

    Manu Ginobili (GI-NO-BI-LLi!!!! O Charles Barkley sabe do que estou a escrever. Genial e fenomenal);

    Goran Dragic (Recebeu, merecidamente, o prémio de atleta que mais evoluiu no espaço de um ano. Veloz e bastante criativo. Embora possa ser reboscado, na conferência Este tinha lugar.);

    Eric Bledsoe (Eric Bledsoe, sem ténis, tem menos um centímetro do que eu, e é capaz, quase de certeza, de saltar por cima de mim e afundar. É um jogador fantástico, com uma capacidade explosiva fantástica e que, dada a sua altura, é sempre daquele estilo de jogadores que podia causar furor);

    Russel Westbrook (Provavelmente o maior, ou dos maiores, espécimenes atléticos da liga. Capaz de fazer o impensável todas as noites);

    Ty Lawson (É dos bases mais rápidos da liga. A equipa em que está não está a fazer uma época digna do base que tem);

    Kobe Bryant (Óbvio que, mesmo lesionado, o seu nome merece destaque. Já no ano passado foi assim).

    Só na conferencia Oeste deparamo-nos com alguns dos melhores bases da liga Fonte: entre-linhas.pt
    Só na conferencia Oeste deparamo-nos com alguns dos melhores bases da liga
    Fonte: entre-linhas.pt

    CATORZE (!!!!!!) nomes. Como é que se podem escolher quatro jogadores para irem aos All-Stars para a posição de base se, só a nível de talento individual,  a conferência Oeste podia ir, sem problema nenhum, entrar no jogo só com bases, e mesmo assim ainda eram capazes de ganhar.

    Imaginem bem, Westbrook podia até jogar a poste. Com a sua capacidade atlética era capaz, certamente, de importunar quem quer que lá aparecesse. E imaginem bem os fastbreaks desta equipa. Era tudo jogado ao máximo da velocidade. Era magnífico. Era… impossível.

    Sei que alguns nomes citados em cima, muito provavelmente, nem fazem parte da ideia de All-Star das pessoas que estão a ler o texto. Mas, para mim, o fim-de-semana de Fevereiro é aquele que mais espectáculo e fantasia me traz durante o ano inteiro.

    Quando era miúdo acreditava que o Space Jam era uma espécie de documentário (volto a referir, “miúdo”), e este evento faz-me sentir absolutamente nostálgico e acreditar que o Buggs Bunny lá trouxe a bebida especial do Michael Jordan e que todos estão ali só para se divertirem e jogarem o melhor desporto do mundo.

    Fonte: Youtube
    Fonte: Youtube

    Agora saindo do mundo da fantasia e explicando o porquê de Kobe Bryant, à partida, não merecer ser titular. Não é, de todo, um ataque ao Black Mamba. A questão é que o número 24, que certamente irá ser imortalizado pelos Lakers, estava a ser o jogador que mais lançamentos tem feito e a ter uma eficácia muito abaixo daquilo a que nos habituou ao longo dos anos.

    Custa-me ver que James Harden, que tem feito uma época completamente absurda,  talvez, embora pouco provável, não fosse titular nos All-Stars – isto porque para as pessoas que votam no nome, e não no jogador, se é que me faço entender.

    Foto de Capa: NBA.com

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    André Albuquerque
    André Albuquerque
    O André já fez natação, futebol, futsal, basquetebol, judo, karate, jiu-jitsu brasileiro, ténis de mesa. No entanto, não sabe fazer nada sem ser ver os jogos da NBA e do seu Benfica!                                                                                                                                                 O André não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.