O meu texto desta semana foca-se num dos maiores erros cometidos por Rui Vitória no arranque desta temporada: a ausência de Krovinovic nos jogos da UEFA Champions League.
A verdade é que há muito que se sabia que o médio ex-Rio Ave estava a recuperar de uma grave lesão cometida na época passada mas ninguém esperava a sua ausência nos inscritos para a Liga milionária. Hoje, depois das mais recentes exibições do jogador em questão, Rui Vitória deve estar mais do que consciente que a decisão que tomou não foi a melhor. Quando jogamos com Pizzi e Krovinovic no meio do terreno temos um maior caudal ofensivo e a possibilidade de equilibrar terrenos que não são, habitualmente, os deles. Quando, e aconteceu na Champions, Filipe Augusto jogava com Pizzi, mostrávamos um bom futebol defensivo mas ofensivamente continuávamos a precisar de um bom apoio a Pizzi.
A precisar de solução em zonas do terreno mais próximas dos avançados, numa altura em que o Benfica está praticamente fora da prova milionária e com um dos piores percursos de sempre nessa Liga, fica a dúvida ou certeza de que com Krovinovic no 11 inicial a história teria sido bem mais diferente da que se escreveu. A sua forma de jogar, a visão de jogo, a técnica e pormenor no último toque de bola, teriam sido cruciais no primeiro jogo, frente ao CSKA Moscovo e frente ao Manchester United de José Mourinho.
O erro está cometido, não será em Janeiro a nova lista de inscrição para a Champions e portanto há que ter uma maior atenção na altura de escolher os melhores para esta tão competitiva liga. Rui Vitória terá que olhar para o plantel, para os adversários previamente sorteados e escolher os homens que melhor futebol podem praticar.
Para terminar, e sem menosprezar as alternativas, Krovinovic está a mostrar que a sua presença no 11 é “obrigatória” para as restantes competições. E se Rui Vitória pretende regressar ao 4-4-2 o médio mais ofensivo tem de ser Krovinovic em vez de Pizzi.
Foto de Capa: SL Benfica
artigo revisto por: Ana Ferreira