Antes de mais, caro leitor, eu confesso-lhe que sou fã de Layún. É impossível não ser; afinal de contas o mexicano foi o melhor assistente da liga NOS em 2015/2016. Miguel Layún fez, na temporada 2015/2016, 15 assistências e cinco golos pelo FC Porto, e estes números só dizem respeito à Liga NOS. Se contabilizarmos tudo, os números sobem para uns astronómicos sete golos e 19 assistências.
Além disso, estamos a falar de um jogador ambidestro que pode jogar em todas as posições do campo, exceto: guarda-redes, médio-ofensivo e avançado. Estamos a falar de um jogador que esteve associado aos maiores clubes da Europa no início da época transata. Estamos a falar de um jogador com garra e dedicação.
Eu bem sei que no FC Porto as soluções para as laterais cresceram muito e que agora temos jovens prodígios como Fernando Fonseca e Diogo Dalot ou ainda como Ricardo Pereira, que muito evoluiu em França. Eu sei isso e até compreendia a venda de Layún se estivéssemos a falar de uma transferência com valores a rondar os 15 milhões e para um clube de topo europeu, mas não estamos. Estamos a falar de uma venda para o Monterrey que vai render uns dez milhões, se tanto. Com isso não posso compactuar; isso não posso compreender.
Em primeiro porque Layún tem mais que valor suficiente para integrar o plantel do FC Porto; aliás, tem valor suficiente para ser o melhor lateral do plantel. Em segundo lugar porque estamos a deixar sair pela porta pequena um grande jogador, que dignificou e muito a camisola do FC Porto. Em terceiro lugar, estamos a vender um jogador quando a cotação dele está em baixo, e este jogador podia render bastante mais dinheiro. Em quarto lugar, Layún é o jogador de sonho para qualquer treinador, uma espécie de todo-o-terreno que ao contrário de André Almeida é verdadeiramente bom na posição de Lateral. Por todas as razões acima especificadas considero que seria um ato de má gestão e ingratidão forçar a saída de Miguel Layún, UM DOS MELHORES JOGADORES DO PLANTEL.
Foto de Capa: espnfc.com