CC Taipas 1-2 AD Limianos: erro fatal ao cair do pano vale três pontos

    O campeonato nacional regressou ao Estádio do Montinho, em Guimarães. Cerca de três centenas de pessoas assistiram ao primeiro jogo caseiro do regressado Clube Caçadores das Taipas, frente a outro recém-promovido, a Associação Desportiva ‘Os Limianos’. Longe da casa cheia, os caçadores procuravam prolongar o resultado da primeira jornada, onde venceram o Vilaverdense FC por 0-3. Por outro lado, os canarinhos procuravam a primeira vitória, depois do empate inaugural frente ao Merelinense FC (1-1).

    Para isso, António Cardoso, treinador da casa, mexeu no onze inicial e fez entrar Rodilson e Samuel para os lugares de Carlos Lomba e Dani. José Carlos Fernandes, o treinador visitante, não fez qualquer alteração em relação ao jogo passado.

    A partida previa-se algo monótona e arrastada, já que a tarde estava bastante quente e os jogadores aproveitavam qualquer pausa para hidratação. No entanto, era a equipa forasteira que se revelava mais esclarecida e comandava o jogo, embora sem grande aproveitamento. Até aos 15 minutos, primeiro sinal de perigo dos da casa, a equipa limiana sondou a baliza de Paulinho por três vezes. Aos sete minutos, Cláudio cruzou para o primeiro poste, Chiquinho deixou passar a bola que encontrou Rui Magalhães no coração da área, mas não conseguiu dar-lhe o melhor destino. Cinco minutos depois, Luan salta sem oposição e por centímetros não transformou em golo o primeiro pontapé de canto da partida.

    Os jogadores já deixavam transparecer o cansaço e o ritmo tinha abrandado substancialmente quando aos 23 minutos Filipe Duarte, árbitro da Associação de Futebol do Porto, autorizou uma pausa para hidratação. A equipa visitante continuava ligeiramente superior aos caçadores e à passagem da meia hora de jogo, Luan, com espaço na esquerda, cruzou para a zona da pequena área e Chiquinho desviou de cabeça para o segundo poste. Seria o primeiro golo da tarde, não fosse o vôo de Paulinho, que sacudiu para canto.

    Aos 37 minutos, o CC Taipas voltou a levar perigo à baliza de Bruno Santos. Desta vez de livre direto, mas o remate de Tiago Carneiro saiu desenquadrado. A equipa da casa começava a reivindicar a gerência da posse de bola e dois minutos depois, o mesmo Tiago Carneiro rematou forte, ao lado. Contudo, o golo chegaria mesmo, ainda antes do intervalo. Aos 42 minutos, numa jogada de insistência pela esquerda, Miguel forçou a entrada na área limiana e após uma má abordagem do guarda-redes, só teve de encostar para inaugurar o marcador. Este seria o último lance merecedor de destaque antes do apito para o intervalo.

    O domínio do jogo alternou constantemente entre as duas partes, mas foi a AD Limianos quem levou a melhor
    Fonte: Diogo Gonçalves/Bola na Rede

    Na globalidade dos primeiros 45 minutos, a equipa limiana esteve mais tempo em posse da bola e com maior número de ataques, mas foi o CC Taipas o mais eficaz.

    No regresso para a segunda parte, nenhum dos técnicos procedeu a alterações e foi novamente a AD Limianos a entrar mais forte. Era mais rápida na obtenção da posse da bola e a sair para o ataque, chegando ao golo por intermédio de Chiquinho, logo no decorrer do terceiro minuto. Após uma jogada bem elaborada a dois toques, já dentro da área, a bola chega ao camisola 9 que, rodando e evitando um adversário, retribuiu o empate ao marcador. A igualdade justificava-se pela superioridade limiana da primeira parte e pela entrada forte na etapa complementar.

    Com cerca de 40 minutos pela frente, a partida abrandou e os ataques eram menos constantes, mas mais perigosos. Com maior critério no passe e melhor decisão na zona central, o CC Taipas conseguia mais aproximações à baliza contrária e acumularam-se os remates à distância, com força ou efeito, mas sem a direção desejada.

    À equipa limiana não lhe desagradava o empate e eram tomadas algumas decisões, aqui e ali, tendo em conta o relógio da partida. O ataque caseiro era frenético e alcançava a lateral contrária em segundos, enquanto que a resposta forasteira apostava no passe pela certa e na exploração dos espaços deixados atrás da defesa contrária.

    Neste momento do jogo, a AD Limianos era mais perigosa do que constante no ataque e aos 75 minutos deixou um aviso para o que viria a acontecer mais à frente. Digas saltou entre dois opositores e cabeceou a centímetros do poste direito da baliza de Paulinho, para desespero do central português que sentia ter desperdiçado a vitória. O CC Taipas ambicionava retirar mais desta partida e a sofreguidão com que se intrometia pelas laterais defensivas contrárias não obtia conclusão dentro de área, sendo que a maior parte dos lances eram despachados pela defensiva roxa e amarela.

    Em resposta rápida e procurando retirar vantagem dos atletas acabados de entrar, a AD Limianos chegou à vantagem. Vítor Sousa partiu para um dos últimos sprints, evitou o lateral da casa e cruzou bombeado para o coração da área. Aí, Alvinho cabeceou com dificuldade para defesa incompleta de Paulinho, embora com alguma culpa, e o mesmo efetuou a recarga que consumou a reviravolta dos visitantes.

    O CC Taipas ainda tentou forçar o empate mas já faltavam as forças e o discernimento necessário para decidir melhor no último momento. Os três pontos seguiram para Ponte de Lima e os caçadores sentiram pela primeira vez o sabor da derrota.

    Onzes iniciais:

    CC Taipas: Paulo Costa; Pato Cabrera, Bebé, Cláudio Macedo e Samuel; Rodilson (Joel Neto, 90’), Jota e Bruno Rocha; Tiago Carneiro, Maka (Armando Lopes, 75’) e Miguel Pereira.

    AD Limianos: Bruno Santos; Jójó, Digas, Tiago Letras e Nandinho; Luan Sérgio, Rui Magalhães e Micka (Júlio César, 79’); Cláudio Dantas (Elivelton, 64’), Chiquinho (Alvinho, 75’) e Vítor Sousa.

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    Diogo Pires Gonçalves
    Diogo Pires Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo ama futebol. Desde criança que se interessa por este mundo e ouve as clássicas reclamações de mãe: «Até parece que o futebol te alimenta!». Já chegou atrasado a todo o lado mas nunca a um treino. O seu interesse prolonga-se até ao ténis mas é o FC Porto que prende toda a sua atenção. Adepto incondicional, crítico quando necessário mas sempre lado a lado.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.