O FC Porto chegava a Anfield com o objetivo de obter um resultado que lhe conferisse a possibilidade de decidir a eliminatória no estádio do Dragão na próxima semana e vingar a pesada derrota por 5-0 da temporada passada. Em jogo estavam, também, muitos e muitos milhões.
No que diz respeito ao alinhamento inicial de cada equipa importa destacar o trio ofensivo da equipa inglesa composto por Salah, Firmino e Mané e a ausência de Robertson (lateral esquerdo titular) em detrimento de Milner.
No que concerne às opções de Sérgio Conceição é relevante destacar a titularidade de Maxi, a recuperação de Alex Telles, a utilização de Óliver no lugar de Herrera e, a já recorrente, ausência de Brahimi do onze inicial. Um onze que permitia alternar o 4x4x2, com Marega a juntar-se a Soares no eixo do ataque, e o 4x3x3 através da colocação de Otávio no corredor central e o desvio de Marega para o corredor direito.
A verdade é que acabou por ser um 5x4x1 a defender, com Maxi a colar-se aos centrais, Corona a assumir a lateral direita e Marega no lado esquerdo à frente de Alex Telles, e um 4x2x3x1 a atacar com Otávio nas costas de Soares.
No que ao jogo diz respeito, o Liverpool FC demonstrou ser superior e confirmou o favoritismo mas fica a ideia de que foi por pouco que o FC Porto não levou a água ao seu moinho. Um pouco mais de discernimento e o FC Porto podia ter tirado partido de uma das várias aproximações à baliza que teve e marcado um golo que lhe permitisse sonhar.
Os comandados de Sérgio Conceição até entraram bem no jogo e colocaram em sentido o Liverpool FC com uma oportunidade clara logo a abrir. No entanto, na primeira vez que os ingleses chegaram ao último terço marcaram por intermédio de Keita (a bola ressaltou em Óliver e traiu Casillas). Cinco minutos volvidos e os fantasmas da temporada passada pairavam sobre Anfield. Depois disso, e até ao segundo golo, marcado por Firmino aos 25 minutos, o jogo teve sentido único.
O FC Porto não conseguia ligar mais do que dois passes seguidos e o Liverpool FC acercava-se perigosamente da baliza portista. A seguir ao segundo golo, dá-se um dos minutos mais decisivos da partida. Minuto 30. Nesse minuto Marega falha duas vezes na cara de Alisson e o árbitro e o VAR fazem vista grossa a um penalti claro após mão de Arnold na área. Assim, chegava o descanso.
Como é seu apanágio, o FC Porto entra bem no segundo tempo. Depois de um susto (golo invalidado a Mané por suposto fora de jogo), os azuis e brancos conseguiram várias aproximações à baliza dos ingleses mas sem nunca encontrarem os caminhos da baliza. Na última meia hora de jogo, os comandados de Jurgen Klopp baixaram a intensidade e o ritmo de jogo sem nunca perder o seu controlo. O FC Porto foi tentando assustar o Liverpool e até criou algumas boas chances mas mostrou sempre que este nível já não é para as equipas portuguesas. O apito final do árbitro chegou com uma ovação merecida dos adeptos portugueses à equipa.
Em suma, o Liverpool FC provou que é mais e melhor equipa do que o FC Porto e mereceu a vitória. Fica, no entanto, a sensação de que faltou apenas “um bocadinho assim” para que o dragões conseguissem o golo que manteria o sonho possível. Resta lutar.
Uma nota também para o trabalho da equipa de arbitragem. Fraco, muito fraquinho o trabalho do quarteto de árbitros espanhóis. Na Europa os grandes portugueses são pequenos e o FC Porto tem claras razões de queixa de Mateo Lahoz.
Onze inicial e substituições:
Liverpool FC – Alisson, Arnold, Lovren, Van Dijk, Milner, Fabinho, Keita, Henderson, Salah, Mané (Origi 73′) e Firmino (Sturridge 82′).
FC Porto – Casillas, Maxi (Fernando Andrade 77′), Felipe, Militão, Alex Telles, Danilo, Oliver (Bruno Costa 73′), Otávio, Corona, Marega e Soares (Brahimi 62′)