M-Sport: a grande vencedora na Alemanha

    Cabeçalho modalidadesA Alemanha marcou o regresso do WRC ao asfalto, naquele que foi o segundo e último rali com estas caraterísticas, esta temporada. Na Alemanha, a grande vencedora foi a M-Sport, vencendo o rali com Ott Tanak, sendo terceira com Sébastien Ogier e ganhando muitos pontos à Hyundai, assim como Ogier a Thierry Neuville.

    Vamos começar mesmo por aqui, Ogier foi terceiro na Alemanha e recuperou a liderança do campeonato a três ralis do fim, tendo agora 17 pontos de vantagem sobre Neuville, que desistiu no segundo dia de prova depois de um toque. Ogier, depois da desistência do piloto belga, nunca forçou o andamento, preferindo garantir os 15 pontos do terceiro lugar – a que juntou dois da Power Stage. A própria M-Sport deu um passo de gigante rumo ao título de construtores, ao ganhar 30 pontos à Hyundai e tendo uma vantagem de 64 pontos.

    Tanak foi o vencedor mais que justo da prova germânica, tendo assumido a liderança ainda no primeiro dia e não a largando até ao final, tendo gerido tudo como bem queria e mostrando que está a tornar-se num senhor piloto. Parece que o estoniano vai estar na luta pelo título em 2018, não sendo, de todo, descabido que pense no título ainda este ano, uma vez que está a apenas 33 pontos do seu colega na M-Sport.

    Quem também deu boa conta de si foi Andreas Mikkelsen. O agora piloto da Citroën terminou em segundo, depois de uma prova muito consistente, onde, apesar de não ter conseguido dar muita luta a Tanak, também nunca ficou muito longe a nível de tempo, mantendo a pressão. Desde que está aos comandos do C3 WRC, é a primeira vez que Mikkelsen faz um bom rali – resta saber se é evolução do carro, se é adaptação do piloto ou os dois juntos. Craig Breen também fez uma boa prova, terminando no que já se pode chamar seu lugar, ou seja, o quinto. Kris Meeke é que foi o pior da equipa francesa, borrando a pintura logo no primeiro troço, ao dar um toque que lhe estragou logo a prova. Muito mau para o piloto que à partida seria o melhor da Citroën.

    Mikkelsen deu o segundo melhor resultado ao C3 WRC Fonte: Andreas Mikkelsen
    Mikkelsen deu o segundo melhor resultado ao C3 WRC
    Fonte: Andreas Mikkelsen

    Na Hyundai também existiu um pequeno descalabro com a desistência de Neuville e de Dani Sordo. Ambos voltariam à estrada, mas já não conseguiram fazer nada que os levasse aos pontos, tendo Hayden Paddon terminado em oitavo, naquele que foi um rali muito fraco para a marca coreana.

    A Toyota, depois do brilharete na casa adotiva, teve mais dificuldades na Alemanha, como era esperado. Juho Hanninen, que tinha sido o mais fraco dos Yaris na Finlândia – apesar do terceiro lugar final –, respondeu na Alemanha, tendo ficado em quarto, numa grande mostra da sua qualidade, algo que não tinha conseguido ainda este ano. Jari-Matti Latvala terminou em sétimo, não tendo feito um mau rali, mas raramente conseguiu acompanhar os pilotos mais rápidos. Esapekka Lappi, vencedor na Finlândia, teve de desistir após ter partido uma suspensão. Ainda voltou à estrada, mas não conseguiu mais do que o 21º lugar.

    O WRC só regressa no princípio de outubro, na Catalunha, num rali misto. Será uma das batalhas mais decisivas do campeonato, pois um erro pode ser decisivo para as contas finais. A minha aposta vai para Ott Tanak a vencer, seguido de Neuville e Ogier. Estou curioso para ver como os Toyota vão estar em Espanha, em condições normais Latvala é um bom candidato ao pódio.

    Foto de Capa: M-Sport

    Artigo revisto por: Francisca Carvalho

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    Rodrigo Fernandes
    Rodrigo Fernandeshttp://www.bolanarede.pt
    O Rodrigo adora desporto desde que se lembra de ser gente. Do Futebol às modalidades ditas amadoras são poucos os desportos de que não gosta. Ele escreve principalmente sobre modalidades, por considerar que merecem ter mais voz. Os Jogos Olímpicos, por ele, eram todos os anos.                                                                                                                                                 O Rodrigo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.