Manafá ou Tomás Esteves – quem merece a lateral direita do FC Porto?

    A retoma da competição, após paragem devido à Covid-19, trouxe uma novidade na equipa do FC Porto. Corona deixou de preencher a posição de defesa-direito para voltar a pisar terrenos mais adiantados no campo, e, desta forma, deixou uma vaga livre. Não se pode dizer que, atualmente, há um novo senhor do lugar, uma vez que Sérgio Conceição tem alternado entre Tomás Esteves, que começou a ser opção imediata após a conclusão do seu processo de renovação, e Manafá, que tem desempenhado um papel de rotação.

    Ambos os atletas oferecem coisas diferentes à equipa, visto que os seus perfis são muito distintos. Por um lado, Tomás Esteves, devido à sua tenra idade, ainda não apresenta uma compostura física equivalente às dos dos seus companheiros, mas em contra partida concede ao jogo portista uma outra inteligência e técnica. Visto como uma enorme promessa do clube azul e branco, antes dos seus primeiros passos no futebol sénior pela equipa principal, já era presença regular na formação secundária, tem sido tímidos e cautelosos, de modo a não comprometer defensivamente, algo perfeitamente natural.

    Apesar de não evidenciar, de forma tão expressa, o seu jogo ofensivo como faz o seu parceiro de balneário, Manafá, o jovem transborda uma maior solidez defensiva e ataca sempre pela certa, ou seja, quando o faz, faz sempre da maneira mais correta. Por isso, muitos o catalogam como um lateral do futebol moderno, ou seja, competente a defender e que gosta de explorar os flancos e quem o conhece aponta-o a altos voos do futebol europeu.

    Manafá ou Tomás Esteves - quem merece a lateral direita do FC Porto? entre Tomás Esteves, que começou a ser opção imediata e Manafá
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Por outro lado, temos Wilson Manafá, que pode ser considerado como uma espécie de “patinho feio” para os adeptos portistas, que não lhe reconhecem qualidade suficiente para ser uma opção válida para uma equipa como o FC Porto. Porém, da mesma opinião não parece ser Sérgio Conceição, que não tem medo de o lançar para dentro de campo e as estatísticas demonstram isso mesmo.

    Quando pensamos no ex- Portimonense SC pensa-se logo em velocidade e capacidade de explosão, pois muitas vezes é nisso que consegue fazer diferença perante os seus opositores. Além disso, também a sua versatilidade é um ponto a favor, visto que não tem problemas em fazer o corredor contrário. Contudo, muitas vezes, o defesa não compensa devidamente o seu lado, deixando a defesa a exposta a contra-ataques que podem ser letais, assim como comete erros que podem comprometer fatalmente a baliza do FC Porto.

    Neste momento, Manafá parece ganhar vantagem sobre o seu colega mais jovem, pois Tomás Esteves tem tido alguns problemas físicos que o atiram sempre como a primeira opção para abandonar o onze inicial, pelo contrário o jogador formando no Sporting CP tem conseguido implementar uma maior preponderância no futebol físico de Sérgio Conceição e prova disso foi a sua forte entrada no jogo em casa contra o Boavista FC e a recente titularidade na capital do móvel.

    Por fim, há de salientar o facto de serem jogadores distintos nas suas caraterísticas, no qual um ainda se qualifica como um projeto de jogador, Tomás Esteves, enquanto que o outro não parece passar de apenas uma boa opção de rotação, Manafá. Assim, ao dia de hoje, talvez Manafá encaixe melhor naquilo que Sérgio Conceição pede para a equipa produzir, algo que poderá funcionar a favor do crescimento de Tomás Esteves, que não tem aquela pressão de se tornar numa opção válida no imediato e assim terá uma afirmação, esperemos todos nós, gradual e saudável.

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    Diogo Ataíde
    Diogo Ataídehttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo “respira” futebol desde que se conhece, tendo estado sempre ligado a este mundo da bola, onde sofre pelas cores azuis e brancas do FC Porto. Agora, estudante de direito, é através da escrita que encontra o espaço ideal para continuar ligado a este universo sem par.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.