Era uma vez…
É nestes moldes em que, normalmente, se começa a escrever um conto. Neste caso, a história de Markelle Fultz é tudo, menos encantada. Desde o Draft de 2017, onde entrou na NBA como a escolha número um, as lesões e alguns problemas pessoais não deixam de atormentar o jogador. Recentemente, a infelicidade escreveu mais um capítulo na carreira do base dos Orlando Magic.
Depois de vários anos de sucessos e bons números, Kelle era visto como um dos melhores talentos basquetebolísticos nos Estados Unidos da América. Saiu da escola secundária de DeMatha como o sétimo melhor jogador da classe de 2016 e aceitou juntar-se à Universidade de Washington no passo seguinte da carreira.
Nos huskies, apresentou médias de mais de 23 pontos, seis ressaltos e seis assistências por jogo. Ao longo da época, foi subindo nas tabelas das equipas da NBA e estabeleceu-se como o alvo principal para a primeira escolha. Depois de apenas uma temporada na NCAA, o jogador escreveu o nome na lista de candidatos à melhor liga de basquetebol do mundo.
Welcome to Philly, @MarkelleF! #PH1LA pic.twitter.com/iukIXW1XVN
— Philadelphia 76ers (@sixers) June 22, 2017
Os Philadelphia 76ers, depois de, no ano anterior, terem escolhido Ben Simmons, tinham os olhos em Markelle Fultz. Na lotaria, ficaram com a terceira escolha, e depressa se apressaram em trocar com os donos da primeira pick, os Boston Celtics. Depois de feita a troca, a noite do Draft confirmou o esperado, o jogador chegou a Philadelphia.
Quando olhamos para esse dia, fica a ideia de um planeamento errado. Jayson Tatum, que seguiu para Boston, está a cada época a demonstrar cada vez mais qualidade, enquanto que Fultz demora a demonstrar todo o talento que prometia. O que correu mal a Markelle?
Nos dois anos na City Of Brotherly Love, o base começou muito cedo a ter problemas. As complicações no ombro comprometeram o ano de Rookie e, quando voltou, nunca demonstrou confiança para ser uma estrela nos Sixers. No início de 2019, a equipa trocou Fultz para os Orlando Magic, na esperança de um novo começo do jovem atleta.
Os passes do Markelle Fultz: DIVERSÃO PURA! 🥰 pic.twitter.com/5wRUWINeeA
— Orlando Magic 🇧🇷 (@br_orlandomagic) January 5, 2021
No estado da Flórida, as complicações deram tréguas. Apesar de não jogar como tinha habituado na NCAA, realizou 72 jogos e a confiança parecia crescer de dia para dia. Todos esperavam a temporada de 2020/2021 como uma nova prova de fogo de Markelle Fultz, que ainda tinha uma palavra a dizer depois de um início desapontante.
Aos 22 anos, ainda era tempo de provar muita gente que estava errada. A verdade é que começou a época muito bem e ajudou os Orlando Magic a uma série de quatro vitórias consecutivas. Com isso, as conversações para Most Improved Player (jogador que mais evoluiu de uma temporada para a outra) já não existiam sem mencionar Fultz.
No entanto, como mencionei no início, a história do jogador teima em não ser feliz. Num lance, frente aos Cleveland Cavaliers, Fultz lesionou-se e rompeu os ligamentos. A sua época terminou e não vamos poder assistir a mais ação do base, que parecia estar como há muito não se via.
O conto de Markelle ainda espera uma temporada e uma fase feliz. Quem sabe não volta com mais força da lesão, mas todos sabemos que é um duro revés, ainda para mais num jogador que já passou por muito na curta carreira. Torcemos pela felicidade de Fultz, para que o futuro seja risonho.
Foto de capa: Orlando Magic