A segunda edição dos Jogos Europeus terminou domingo e Portugal brilhou. Foram 15 medalhas conquistadas, das quais três de ouro e muitas prestações muito boas dos 99 atletas que nos representaram na Bielorússia.
Estas 15 medalhas, que valeram o 17º lugar no “medalheiro”, foram divididas em três de ouro, seis de prata e seis de bronze, e por novo modalidades: Canoagem, Futebol de Praia, Judo, Atletismo, Ciclismo, Ténis de Mesa, Karaté, Ginástica de Trampolim e Ginástica Artística.
Vamos então enumerar as medalhas portuguesas. Os ouros foram conquistados por Carlos Nascimento nos 100m (Atletismo), Fu Yu na competição de Ténis de Mesa feminina e pela seleção nacional de Futebol de Praia. Das seis pratas conquistadas, duas foram por Fernando Pimenta no K1 1000m e K1 5000m (Canoagem), por Nélson Oliveira no Contra-relógio (Ciclismo), pela equipa de Judo na competição mista e por Francisca Maia, Francisca Sampaio Maia e Bárbara Sequeira, que o conseguiram por duas vezes em Ginástica Acrobática, no exercício Dinâmico e no exercício combinado. O trio de ginastas venceu também o bronze no exercício de Balanço. Os restantes bronzes foram conquistados por Telma Monteiro em -57Kg (Judo), por Ricardo dos Santos, Cátia Azevedo, Rivinilda Mentai e João Coelho nos 4x400m (Atletismo), por Diogo Ganchinho no exercício individual de Ginástica de Trampolins, pela equipa masculina de Ténis de Mesa e por Patrícia Esparteiro no exercício de Kata (Karaté).
Esta prestação portuguesa foi muito positiva a vários níveis, desde logo pela conquista de medalhas em nove modalidades distintas, o que prova a qualidade global do desporto português. Para mim, e sendo totalmente sincero, as três medalhas conquistadas por Francisca Maia, Francisca Sampaio Maia e Bárbara Sequeira foram a principal surpresa, porque não conhecia nenhuma das ginastas, o mesmo acontecendo com Patrícia Esparteiro.
A nível de atletas que conheço a minha maior surpresa foi o ouro de Fu Yu, assumo que não esperava o ouro na vertente feminina, estava mais apontado para uma medalha masculina. Fernando Pimenta esteve ao seu nível, mas esperava que pudesse chegar a pelo menos um ouro. No judo, também esperava que pudesse ter sido alcançada mais uma ou outra medalha e assumo que fiquei desiludido com perda para a Rússia na medalha coletiva. Antes de começar o combate assumo que não esperava o ouro, mas depois de estar 3-0, a apenas uma vitória do título fiquei desiludido.
Noutros aspectos, deixo como nota negativa dos Jogos Europeus a vertente do Atletismo praticada, o DNA, que pode ser melhor analisada no artigo do Pedro Pires que pode ler aqui. Esta é uma competição que pode animar por causar alguma incerteza, mas que acho que vai contra o que deve ser a modalidade em si, até por cortar um grande número de disciplinas do Atletismo.
No artigo que escrevi para o Bola na Rede há quatro anos a fazer o resumo da participação portuguesa na primeira edição dos Jogos Europeus terminei da seguinte forma: “[…]Portugal não é só futebol. Até acrescento, Portugal é muito mais que futebol”. Esta edição dos Jogos Europeus foi mais uma prova disto e espero que tenha sido mais um abre-olhos para todos nós. Não podemos esperar alcançar 15 medalhas nos próximos Jogos Olímpicos, é impossível, mas acredito que estas prestações tenham sido uma motivação extra para o que resta de preparação e apuramento olímpico.
Foto de Capa: Comité Olímpico de Portugal