A CRÓNICA: MAIS UM ENGUIÇO QUEBRADO
Estreia de Ricardo Soares a jogar em casa, logo frente a um dos grandes do futebol português. Era uma tarefa que se adivinhava complicada para os visitados, mas não haveria de ser por esse motivo que os cónegos virariam a cara à luta. Chegam ao golo nos instantes iniciais do encontro, tem bola e consegue instalar alguma intranquilidade no FC Porto.
Contudo, o golo de Soares complicaria a vida da equipa da casa, que, minutos depois, sofreria o segundo golo através da marca dos onze metros. A partir desse momento, FC Porto por cima do jogo. Daí não ser totalmente descabido afirmar que o 2-2 acaba por surgir contra a corrente do jogo.
Todavia, o empate pode até não ter sido positivo para a turma de Moreira de Cónegos, uma vez que não foi a mesma durante toda a segunda metade. Acabaram por facilitar, portanto, a tarefa aos comandados de Sérgio Conceição, que, apesar de estarem longe de uma exibição deslumbrante, conseguiram chegar a uma vantagem de dois golos.
A FIGURA
Jesús Corona – Mais uma exibição de altíssimo nível do mexicano. Assistiu para o primeiro golo, sofreu a falta que originou a grande penalidade que Alex Telles concretizou e ainda coroou a sua exibição com um grande golo já nos minutos finais do encontro.
O FORA DE JOGO
Segunda parte do Moreirense FC – Durante os primeiros quarenta e cinco minutos, apesar de não ter criado muitas oportunidades flagrantes de golo, a equipa treinada por Ricardo Soares apresentou um jogo interessante, sem medo de ter a bola e, nos momentos certos, sem medo de ferir o FC Porto. Na segunda metade, abdicou de ter bola e de tentar incursões ofensivas. Quando tentou inverter esse registo, já era tarde…
ANÁLISE TÁTICA – MOREIRENSE FC
A equipa visitada apresentou-se num tradicional 4-4-2, juntando Alex Soares ao atacante angolano Fábio Abreu. Equipa com jogadores de qualidade, sobretudo do meio campo para a frente, com capacidade de ter bola e de desequilibrar no momento ofensivo, muito por conta da capacidade criativa demonstrada por Luís Machado. Foi, todavia, incapaz de manter o ritmo alto e qualidade exibicional apresentados na primeira metade, remetendo-se, na maioria da segunda parte, ao seu meio campo defensivo, deixando desamparados os homens mais adiantados.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Mateus Pasinato – 4
João Aurélio – 6
Lazar Rosic – 5
Iago Santos – 5
Abdu Conté – 4
Fábio Pacheco – 5
Filipe Soares – 5
Luís Machado – 6
Pedro Nuno – 5
Alex Soares – 5
Fábio Abreu – 5
SUBS UTILIZADOS
Bilel – 3
Nene – –
David Teixeira – –
ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO
Equipa que ganha não se mexe. Foi este o lema de Sérgio Conceição após a vitória em Alvalade. 4-2-2 já característico de Sérgio Conceição, com Otávio e Nakajima no apoio aos dois homens mais avançados. Entrada um pouco inquieta, sobretudo em termos defensivos, que acabaria por se estabilizar após o surgimento dos golos. Faltou, todavia, alguma criatividade no último terço e, sobretudo, ideias para ultrapassar a linha defensiva do Moreirense FC. A entrada de Luís Díaz acabaria por ser decisiva, alcançando uma boa exibição, juntamente com Nakajima e “Tecatito” Corona.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Marchesín – 4
Jesús Corona – 8
Chancel Mbemba – 6
Diogo Leite – 5
Alex Telles – 6
Danilo Pereira – 5
Matheus Uribe – 5
Nakajima – 7
Otávio – 6
Moussa Marega – 5
Soares – 6
SUBS UTILIZADOS
Luís Díaz – 7
Fábio Silva – 4
Manafá – –
Foto de capa: Diogo Cardoso/Bola na Rede