Há cerca de um mês desembarcaram no Japão vinte seleções para disputar o mundial de Rugby. Número este que se viu reduzido a quatro equipas com a realização dos quatro jogos a contar para os quartos de final, no passado fim de semana.
No primeiro jogo, entre ingleses e australianos, a seleção da rosa foi superior. Apesar do domínio territorial e de posse Wallabie, a Inglaterra impôs a sua dinâmica de jogo intensa e eficaz, dificultando a manobra ofensiva da Austrália. Os ensaios de Johnny May (2), Kyle Sinclair e Anthony Watson aliados à eficácia de Owen Farrell no que toca à conversão de pontapés aos postes, ditaram vitória inglesa por 40-16.
Destaque para a excelente exibição do terceira linha inglês Tom Curry, ao realizar 17 placagens e um turnover.
Com esta participação falhada no campeonato do mundo, o selecionador australiano Michael Cheika já sabe que não continuará a orientar a seleção do seu país.
No jogo mais aguardado dos quartos de final, aquele que opunha Nova Zelândia e Irlanda, os bicampeões mundiais confirmaram o seu favoritismo. Uma Irlanda com fragilidades defensivas permitiu aos neozelandeses adiantarem-se no marcador desde cedo, através de dois ensaios de Aaron Smith e outro de Beauden Barrett, facilitando assim a tarefa à equipa do Pacífico. Os All Blacks mostraram um rugby muito pragmático, utilizando toda a largura e profundidade do terreno, enquanto que a Irlanda apresentou um jogo muito curto, de primeiro canal, com dificuldades em alargar o perímetro de jogo.
Os irlandeses apenas conseguiram dois ensaios tardios, um de Robbie Henshaw e um ensaio de penalidade. A história repete-se. A Irlanda, em nove edições do campeonato do mundo de Rugby, nunca atingiu as meias finais.
Com esta derrota pesada (46-14), despedem-se o capitão Rory Best, que anunciou o fim da sua carreira, e o selecionador Joe Schmidt, que vai abandonar o cargo de treinador da Irlanda.