Terminada mais uma época desportiva ao nível dos clubes, todo o universo do futebol se centra agora no Mundial da Rússia.
Portugal, inserido no grupo B, estreia-se no segundo dia de competição, frente à Espanha. No entanto, a preparação da Seleção Nacional já há muito teve início. Um mês antes do pontapé de saída na Rússia, Fernando Santos anunciou uma das decisões mais importantes: os 23 convocados para a fase final.
Face a um leque de opções alargado, o Engenheiro optou pela variedade. No grupo que vai seguir viagem para a Rússia, todos os jogadores apresentam caraterísticas diferentes, tendo utilidades repartidas pelos diversos contextos.
Assim, até à estreia da Seleção Nacional, o Bola na Rede vai definir, numa palavra, aquele que pode ser o principal contributo de cada jogador para a equipa das Quinas.
Cédric Soares: Coesão.
Foi uma das opções de Fernando Santos mais contestada pela opinião pública, o que mostra bem a abundância de qualidade para a posição (André Almeida, titular no vice-campeão nacional, parece nem ter sido equacionado).
Após uma campanha muito positiva na conquista de 2016, onde ganhou a titularidade a Vieirinha para a fase a eliminar, tem sido o dono do lugar, algo que nem a transferência de Nélson Semedo ou as boas épocas de Ricardo Pereira e João Cancelo têm posto em causa.
Na convocatória para o Mundial, a favor do lateral do Southampton poderá ter estado exatamente a opção pela variedade tomada pelo selecionador nacional. Das quatro opções, embora seja o mais lento e o menos virtuoso, Cédric é claramente o jogador mais viável do ponto de vista defensivo, o que pode permitir à Seleção Nacional fechar melhor o espaço exterior.
Menos exuberante no plano ofensivo, a coesão que Cédric oferece à defesa da equipa das Quinas parece ter sido o fator determinante para que este tenha garantido o seu bilhete para a Rússia.
Foto de Capa: Federação Portuguesa de Futebol