Os Jogadores que Mais Vezes Vestiram Azul e Branco: Fernando Gomes

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    Se perguntarem a qualquer adepto do FC Porto, ou até mesmo a qualquer pessoa minimamente atenta à história do futebol azul e branco, quem foi o melhor avançado de sempre da equipa portista, certamente muitos responderão que foi Fernando Gomes. A história de amor entre o jogador português, nascido em 1956 no Porto, e o emblema azul e branco começou quando, em 1974, ainda com 17 anos, este se estreou pela equipa principal do FC Porto frente à CUF e marcou os dois golos da vitória por 2-1, mostrando desde cedo o muito que poderia dar ao clube. Na sua primeira época ao serviço dos azuis e brancos fez 28 jogos, tendo marcado 18 golos.

    As boas épocas continuaram, recheadas de golos, mas apenas em 1978 Fernando Gomes conseguiu ser campeão. Comandado pelo incontornável Pedroto, Gomes marcou 25 golos em 25 jogos na Primeira Liga e assumiu-se com um dos grandes responsáveis tanto pela conquista dessa época, que quebrou um jejum de 19 anos de títulos do FC Porto, como pela conquista do bicampeonato na temporada seguinte.

    Após as conquistas vieram algumas polémicas e uma transferência para o R Sporting de Gijón. No entanto, apenas duas épocas após a sua saída, Fernando Gomes regressou ao clube da Invicta e voltou para brilhar novamente. Impressionou toda a Europa com a incrível marca de 36 golos no campeonato, marca essa que lhe valeu o título de melhor marcador da Europa. A veia goleadora do avançado não parecia enfraquecer, e na época 1984/85 voltou a ser galardoado com a Bota de Ouro graças aos 39 golos marcados no campeonato português nessa temporada.

    No total foram 15 os títulos conquistados por Gomes ao serviço do FC Porto, de entre os quais a Taça Intercontinental, em 1987 Fonte: FC Porto
    No total foram 15 os títulos conquistados por Gomes ao serviço do FC Porto, de entre os quais a Taça Intercontinental, em 1987
    Fonte: FC Porto

    Fernando Gomes conduziu o FC Porto à final da Taça das Taças em Basileia, que viria a perder frente à Juventus FC, e foi peça fulcral na campanha na Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1987 levando, com os seus golos, mais uma vez o FC Porto a uma final. Por lesão não pôde estar presente na final de Viena, mas viu de fora os seus companheiros atingir a glória europeia e dar ao clube a sua primeira grande conquista internacional.

    Pouco tempo depois esteve na final da Taça Intercontinental, em Tóquio, marcando um golo e levando o troféu para o Porto. Seguiram-se novas polémicas, desta vez com o técnico Tomislav Ivic, mas pouco tempo depois voltou a ser figura importante do plantel portista antes de abandonar o clube, em 1989, para se juntar ao Sporting CP dois anos antes de terminar a carreira.

    No total foram 451 jogos de azul e branco e uma marca impressionante de 355 golos. Fernando Gomes quebrou o coração de todos os portistas ao transferir-se para Sporting CP, mas será para sempre lembrado como o grande avançado que foi, pelo seu jogo de cabeça, pelo seu instinto de matador e pelo que jogava e fazia jogar, para além do magnífico feito de ter conquistado duas Botas de Ouro que o imortalizarão como o “bibota” de ouro.

    O miúdo Gomes, descoberto por António Feliciano num torneio de futebol de salão do Académico, viria a tornar-se num dos mais carismáticos capitães do FC Porto e num dos melhores avançados do clube; quem diria? A ligação aos azuis e brancos foi interrompida em 1989 mas reatou-se mais tarde, quando Gomes assumiu funções de dirigente, funções que ainda hoje exerce, aos 61 anos de idade.

    Foto de Capa: FC Porto

    artigo revisto por: Ana Ferreira

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    Nuno Couto
    Nuno Coutohttp://www.bolanarede.pt
    Nascido no seio de uma família portista, o Nuno não podia deixar de seguir o legado e faz questão de ser um membro ativo na ação de apoiar o seu clube, sendo presença habitual no Estádio do Dragão, inserido na claque Super Dragões. Para ele, o futebol é quase uma terapia, visto que quando está a assistir a algum jogo se esquece de todos as preocupações. Foi futebolista federado, mas acabou por entender que o seu papel era fora das quatro linhas, e também para seguir os estudos em Novas Tecnologias da Comunicação.                                                                                                                                                 O Nuno escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.