Pedro Sousa 6-0; 3-6; 6-3 Casper Ruud: Ténis português continua a brilhar e Braga Open também fica em casa

    Depois de Sander Arends e Adil Shamasdin terem destruído Ariel Behar e Miguel Reyes-Varela por claros 6-2; 6-1 no caminho para o título de pares, era a vez da final de singulares da primeira edição do Braga Open colocar frente a frente o português Pedro Sousa e o norueguês Casper Ruud, respetivamente, quarto e oitavo cabeças de série do Challenger da Cidade dos Arcebispos.

    Para aqui chegar, Pedro Sousa teve de enfrentar o belga Christopher Heymen (6-2; 6-2) e o espanhol Daniel Munoz (7-6; 6-4) nas primeiras rondas e o português João Domingues (6-1; 6-2) nos quartos. Finalmente, nas meias-finais encontrou pela frente o primeiro designado Gastão Elias, mas beneficiou dos problemas físicos deste para vencer por desistência após ter ganho primeiro set por 6-0.

    Já o nórdico começou por eliminar o francês Evan Furness (6-4; 6-3) e o austríaco Dennis Novak (6-4; 6-2) para, chegado aos quaros-de-final, encontrar em Yannick Haufmann da Alemanha o terceiro designado deste Challenger, mas que acabaria por não lhe colocar dificuldades de maior, sendo despachado com um duplo 6-2. Nas semi-finais, num duelo de estrelas do NextGen, foi a vez do australiano Alex de Minaur, segundo designado, sentir na pele a boa forma de Ruud, acabando a sua passagem por Braga (6-3; 6-2).

    A partida começou com Casper Ruud ao serviço e com dificuldades em entrar o primeiro serviço. Apenas entrou uma vez e foi aí que o norueguês pontuou, aproveitando o resto Pedro Sousa para entrar de rompante e começar a final a liderar e com um break de vantagem. E assim começou a história de um set rápido e muito fácil de contar, com o português a não tremer no seu serviço e a atacar Ruud para dar um passo no caminho da vitória com um esclarecedor 6-0, através de mais dois breaks, ao terceiro jogo com um belo passing shot a 30-30 a definir esse parcial e no quinto jogo nas vantagens.

    O segundo set começou como o primeiro, com Ruud a servir e Sousa a pressionar para chegar ao break. No entanto, depois de oito jogos seguidos para o lusitano, finalmente o forasteiro reagiu e ao terceiro jogo do segundo set estreou-se no marcador. Foi, então, altura de ser ele a partir para o ataque em busca de reentrar na luta pelo torneio. Chegaria logo de seguida ao break para igualar o set e durante três jogos, só houve lugar a vencedores a servir.

    Na parte final do set, com alguma chuva a começar a cair e a assustar os espectadores que  ficavam na expectativa de uma possível suspensão da partida, quem aproveitou foi Casper Ruud que, num jogo que levou para as vantagens, fez o break a 5-3 e serviu para fechar o set e igualar o marcador, forçando a final a um terceiro e decisivo set.

    A tensão começava a sentir-se e o serviço ganhava outra importância, pelo que ambos entraram decididos a defender-se e, ainda que Sousa tivesse de salvar um break point, não houve surpresas até ao 2-2. Foi aí que tudo mudou. À segunda oportunidade do set, Ruud não perdoou e colocou, pela primeira vez, Pedro Sousa em desvantagem nesta final.

    Mais uma vitória para o ténis português
    Fonte: Clube de Ténis de Braga

    Seria, todavia, sol de pouca dura, com Pedro Sousa a devolver o break no jogo seguinte com uma prestação imperial. Ruud ainda esteve perto de regressar à vantagem quando Pedro Sousa deixou o jogo de serviço seguinte ir às vantagens após duas duplas faltas consecutivas, mas não só acabaria por conseguir confirmar a vantagem no marcador como levaria o jogo seguinte de Ruud às vantagens onde converteria o break, para vencer a zero o jogo final e se sagrar o primeiro campeão do Braga Open.

    Foi uma partida bem disputada com alturas de domínio de parte a parte, mas em que nos momentos decisivos Pedro Sousa soube levar a melhor, certamente motivado também pelo muito público nas bancadas a puxar pelo tenista nacional.

    Em jeito de conclusão, avaliar também a organização, que fica muito bem na fotografia. Além do bom ténis apresentado com vários atletas de qualidade, as condições à disposição dos espectadores eram boas e notava-se um bom trabalho organizativo nos vários aspectos  do torneio. Ficamos à espera, como prometeu o Presidente da Câmara Municipal de Braga, da edição de 2019.

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