Com a pré época a entrar na reta final e um troféu já no horizonte, em disputa, é chegada a altura de um primeiro balanço ao FC Porto que 2018/19 pode esperar. E a primeira conclusão a que facilmente se chega é a de que, ao fim de um ciclo de três particulares com um nível de exigência a crescer gradualmente de jogo para jogo, o nível da equipa foi, também ele, acompanhando esse crescimento.
Na última noite, e como que a dar uma resposta firme às muitas dúvidas que se iam acercando sobre a capacidade do FC Porto de corresponder às (elevadas) expetativas para a época que se avizinha, foi dado mais um passo (e que passo!) na otimização de processos, fomentação de dinâmicas e aquisição dos níveis físicos e mentais exigíveis.
O cliché certo neste momento será o de que “nem tudo estava mal antes, nem tudo está bem agora”, mas, de facto, com o onze mais próximo daquele que poderá ser apresentado dentro de duas semanas, esta foi a primeira aparição do velho Porto, sem que na primeira vintena de minutos tenha conseguido disfarçar, contudo, os pecados já cometidos ante Portimonense SC e LOSC Lille.
A concludente e motivante vitória sobre os ingleses do Everton Football Club mostrou ainda que João Pedro pode mesmo vir a ser um reforço e não apenas uma contratação. As fragilidades no aspeto defensivo ainda precisam de afinação, mas a disponibilidade no ataque deixa antever que Ricardo Pereira e Diogo Dalot não deixarão assim tantas saudades no Dragão.
A necessidade de completar o grupo com mais um ou dois reforços mantém-se. Os primeiros começam hoje a treinar e dão pelo nome de Herrera e Corona. Maxi também já participou no particular com os ingleses e parece estar aí para as curvas. De repente, a lateral direita deixou de ser uma evidente preocupação, mas o centro da defesa ainda carece de um leque mais alargado de opções, apesar da excelente resposta de Diogo Leite, que transborda confiança, serenidade e competência. O meio campo verá, para além dos pesos pesados Herrera e Sérgio Oliveira e das “formiguinhas operárias” Óliver e Otávio, o Comendador de volta dentro de pouco tempo. Já no ataque, um novo desequilibrador não seria de descurar, apesar de Hernâni dar a entender poder ser, enfim, uma alternativa mais ou menos viável a Brahimi e Corona. Soares e Aboubakar ainda buscam a melhor forma e, talvez também por isso, o setor ainda não carbure com a frequência que já se lhe reconhece. Uma questão de tempo. As dúvidas aqui residem nos nomes de André Pereira e Adrián López, já que, pelo menos um deles deverá ver o seu nome riscado. A confirmar nos próximos dias.
Foto de Capa: FC Porto
artigo revisto por: Ana Ferreira