Rio Ave 2-1 Benfica: Apesar de tudo… igualmente encarnado

    coraçãoencarnado

    Seguindo as palavras do treinador-encarnado… isto é futebol. Seguindo aquilo que se tem passado nas últimas épocas… esta derrota é à Benfica. A verdade é que não sei muito bem por onde começar, até porque o meu cérebro ainda não recuperou todas as funcionalidades. Talvez pelo óbvio: O Sport Lisboa e Benfica perdeu esta tarde, em Vila do Conde, com o Rio Ave por duas bolas a uma. Respirar. Contar até dez. E o cérebro continua a nadar num vazio.

    Focando-me nos factos do encontro, o Benfica começou a partida como sempre: dominador e com muita bola. Pizzi e Samarias facilmente se apoderaram do meio-campo e conforme os minutos iam passando também os encarnados se iam tornando mais controladores. Foi assim, sem surpresa, que o reduto benfiquista chegou ao primeiro golo do encontro, logo aos cinco minutos – uma finalização genial de Salvio a passe não menos fabuloso de Pizzi. Os restantes quarenta-minutos foram coerentes com o domínio benfiquista: mais bola, remates, oportunidades, etc. O Rio Ave pouco fez durante a primeira-parte, acabando por ficar limitado com as lesões de Marcelo e Hassan.

    A segunda-parte regressou para dar seguimento a um jogo de ritmo baixo que o Benfica tranquilamente controlava. No segundo-tempo o Rio Ave apareceu mais agitado, com Del Valle a querer mostrar serviço (como aliás já nos tem habituado neste Campeonato). No entanto, rapidamente os encarnados voltaram a controlar o meio-campo e com isso a ganhar a maioria das segundas bolas e a manter a posse da mesma. O ritmo voltou a baixar, com o Benfica totalmente satisfeito com a história que o jogo parecia trazer. Ao minuto cinquenta e oito a equipa da casa trocou Pedro Moreira por Diego Lopes, com o brasileiro a precisar apenas de cinco minutos para assustar Júlio César com uma bola ao poste. Depois disso não há muitas palavras que possam descrever o que aconteceu – até ao minuto setenta e cinco há pouco para contar; depois disso, só o Inferno. Na entrada para os últimos quinze minutos Samaris meteu a mão na bola…penálti para o Rio Ave, amarelo para o grego (será que ele não consegue fazer um jogo sem levar cartão?).

    Vila do Conde foi invadida por benfiquistas Fonte: Sport Lisboa e Benfica
    Vila do Conde foi invadida por benfiquistas
    Fonte: Sport Lisboa e Benfica

    O marcador afirmava o empate, eu nessa altura já não acreditava. Passados dez minutos onde Lima foi capaz de falhar uma oportunidade claríssima e pouco mais, veio uma falta de Luisão com direito a vermelho directo – aqui terei de discordar do treinador encarnado, visto que me parece de facto falta para expulsão. Por esta altura já a equipa benfiquista andava desnorteada em campo, com Jorge Jesus ou demasiado expressivo ou simplesmente adormecido. Depois do empate a verdade é que apenas Ola John foi capaz de querer ter a bola, com alguns rasgos pelo lado esquerdo. Para além disso, vimos um Benfica a querer pôr a bola no ar à força toda, à espera de alguma coisa que não um milagre.

    E como o futebol é isto, de um lançamento lateral a favor dos encarnados, a bola foi entregue a Tarantini, que fez o passe para Diego Lopes que por sua vez colocou a bola em Del Valle. O resto já vocês sabem, golo do venezuelano – sobre este lance apenas dizer que a falha do Maxi é completamente infantil e que o Lisandro deve ter entrado tão frio que nem chegou a perceber que estava a jogar a defesa-central (esta é a única justificação que encontro para o espaço que o Diego Lopes teve ao receber a bola). Vitória da equipa caseira. Apesar das palavras do treinador vila-condense, não concordo que a vitória tenha sido justa e dizer que podiam ter ganho por mais é simplesmente ridículo e pretensioso.

    Como notas finais, fica mais um aviso que um golo de vantagem não é suficiente. Fica também a certeza que o jogo foi pessimamente mal controlado, a começar pela forma como a equipa entra na segunda parte. Nós benfiquistas já estamos habituados a estas partidas de mau gosto. O meu cérebro ainda mal funciona, parece-me que nenhuma parte do meu corpo acredita no que aconteceu. Continuamos na liderança e só dependemos de nós para o Marquês ser nosso. Pois bem, que venham essas oito finais!

    Um abraço triste e macio, mas com o coração igualmente encarnado…

    Foto: Sport Lisboa e Benfica

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    Francisco Vinagre
    Francisco Vinagrehttp://www.bolanarede.pt
    O Francisco é um emigrante mas não é por isso que sente menos o seu Benfica. Contou-nos que só pára de gritar com as paredes do seu quarto madrileno quando as palavras chegam ao Estádio da Luz. Desde 1991 que o seu coração é encarnado, por fora e por dentro. Recusa-se a perder um jogo e sabe os números dos jogadores de trás para a frente! Só tem saudades do seu Eusébio e de vez em quando mete-se no avião para cheirar a relva da Luz.                                                                                                                                                 O Francisco não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.