SC Freiburg 1-1 (2-4 a.p.) RB Leipzig: Final inédita, reviravolta histórica

    A CRÓNICA: RB LEIPZIG VENCE A TAÇA DA ALEMANHA PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA

    O Estádio Olímpico de Berlim recebeu este sábado, dia 21 de maio, uma final histórica. Red Bull Leipzig e Sport-Club Freiburg disputaram a conquista da taça da Alemanha naquela que seria para ambos a primeira vez que levantavam o “caneco”.

    Duas organizações completamente distintas, uma mais “artificial” como resultado de um grande investimento monetário (Leipzig), e outra mais tradicional, uma equipa centenária e com uma massa adepta muito apaixonada (Freiburgo).

    Iniciava-se a partida no Olímpico de Berlim com um ambiente emocionante e fervoroso, ao contrário daquilo que se passava dentro das quatro linhas. Uma primeira parte bastante disputada e equilibrada, mas onde o Freiburg pareceu sempre estar mais confortável. Os “Touros vermelhos” por outro lado, pareceram sempre desligados do jogo e encontraram muitas dificuldades para ultrapassar a primeira fase de pressão do adversário, caindo no erro de praticar um jogo direto que não lhes deu frutos. Aos 18 minutos, e utilizando este estilo de jogo, Sallai aparece nas costas da defesa do Leipzig, cruza a bola para a área e depois de um ressalto, Eggestein marca um golo de belo efeito, dando assim vantagem ao Freiburg.

    Na segunda parte, a história foi outra. O Leipzig tentava assumir o controlo do jogo, quando, aos 56 minutos, Halstenberg é expulso depois de uma infração “infantil”, deixando a equipa em desvantagem numérica, além da desvantagem no marcador. A partir desse momento, o Freiburg parecia ter uma mão e meia na taça, até que mais um erro infantil, desta feita do seu guarda-redes permitiu ao Leipzig chegar ao golo do empate, através de Nkunku. E assim permaneceu o resultado até ao final dos 90 minutos, seguindo-se o prolongamento.

    No prolongamento, o jogo foi mais disputado com o coração do que outra coisa. Os minutos foram passando e as grandes penalidades pareciam o final mais óbvio, depois de ambas as equipas falharem algumas oportunidades.

    Nas grandes penalidades, o Leipzig levou a melhor, confirmando uma reviravolta histórica e garantindo, assim, a primeira Taça da Alemanha da sua história!

     

    A FIGURA

    Christopher Nkunku – Marcou o golo do empate e foi a cara da reviravolta do Leipzig. 120 minutos de irreverência e de disponibilidade física que serviram de “farol” para a equipa.

     

    O FORA DE JOGO

    Mark Flekken – O guarda-redes do Freiburg fica associado a esta derrota, depois de uma abordagem infantil que resultou no golo do empate do Leipzig, numa altura onde tudo se encaminhava para a conquista da taça.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SC FREIBURG

    A equipa comandada por Christian Streich entrou em campo num modelo idêntico ao do Leipzig (3-4-2-1), mas com variáveis muito distintas. Uma equipa que apostou sempre na saída a três e que aproveitava a falta de pressão dos “Touros Vermelhos” para lançar os jogadores da frente nas costas da defesa adversária. A principal arma do Freiburg para este controlo foi a utilização de Grifo como falso avançado, ele que depois se juntava ao meio-campo criando assim superioridade (3-5-2), e muitas dificuldades ao adversário. No processo defensivo os alas baixavam e formavam uma linha de 5 (5-3-2). Na segunda parte, e contra 10 jogadores, a equipa perdeu algum discernimento e jogou mais com o “coração”.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Mark Flekken (3)

    Manuel Gulde (5)

    Philipp Lienhart (5)

    Nico Schlotterbeck (6)

    Lukas Kubler (5)

    Maximilian Eggestein (6)

    Nicolas Hofler (5)

    Christian Gunter (5)

    Roland Sallai (6)

    Vincenzo Grifo (6)

    Lucas Holer (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Nils Petersen (4)

    Ermedin Demirovic (4)

    Janik Haberer (4)

    Jonathan Schmid (4)

    Keven Schlotterbeck (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – RB LEIPZIG

    Os comandados por Domenico Tedesco entraram em campo no seu típico 3-4-2-1, mas desde muito cedo sentiram dificuldades para implementar o seu jogo. Até à expulsão de Halstenberg, a equipa pareceu sempre bastante desligada de si mesma, ao contrário do que este Leipzig nos tem habituado. Sempre com muitas dificuldades para ligar o jogo entre a sua defesa e o resto da equipa, os “Touros Vermelhos” caíram no erro fácil de praticar um Futebol mais direto, sem qualquer resultado. Mesmo depois de sofrer o golo a equipa pareceu sempre muito mais na expetativa do que o adversário. Depois da expulsão, o jogo deu uma volta de 180.º e passou a ser jogado apenas com o coração, e nesse capítulo há que dar os parabéns à equipa de Leipzig, porque mesmo com menos um elemento disputou o resto do jogo olhos nos olhos com o Freiburg.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Peter Gulácsi (5)

    Lukas Klostermann (5)

    Mohamed Simakan (5)

    Willi Orban (5)

    Benjamin Henrichs (5)

    Konrad Laimer (5)

    Kevin Kampl (5)

    Marcel Halstenberg (3)

    Christopher Nkunku (7)

    Emil Forsberg (5)

    André Silva (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Nordi Mukiele (5)

    Dominik Szoboszlai (6)

    Dani Olmo (5)

    Tyler Adams (5)

    Josko Gvardiol (5)

     

    Rescaldo da opinião de Renato Soares.

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Renato Alexandre Soares
    Renato Alexandre Soareshttp://www.bolanarede.pt
    O Renato é natural de Aveiro mas atualmente reside em Lisboa. Está, neste momento, a tirar uma licenciatura em Ciências da Comunicação no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Tem no futebol a sua maior paixão, mas é um aficionado pelo mundo do desporto. Desde futebol até à Fórmula 1, passando pelo basquetebol e andebol, se for um desporto, tem lugar garantido na vida do aveirense.