SC Valenciano 0-7 Vitória SC: domínio avassalador sob chuva de golos

    Para a visita a Valença, Luís Castro deixou de fora, como era esperado, vários nomes habituais, entre eles André André, Ola John, Wakaso, Sacko, Osório ou Douglas. Em sentido contrário, e igualmente expectável, Pedro Lomba apostou no onze mais forte da equipa da casa.

    O relvado sintético do estádio Dr. Lourenço Raymundo, impecavelmente cuidado, recebeu o Vitória SC para a 3ª eliminatória da Taça de Portugal e nos primeiros minutos confirmou-se o que se previa; os visitantes dominavam o jogo e os da casa, a espaços, procuravam respirar. Foi sem surpresas que as primeiras oportunidades surgiram para os vimaranensese repetiram-se por duas ou trâs vezes até ao golo inicial.

    Aos oito minutos, Dodô foi solicitado na direita e serviu Matheus que demorou muito e permitiu o corte providencial de Brito em cima da linha. Dois minutos depois, o jovem lateral brasileiro cruzou novamente para a área, mas Guedes, em fora-de-jogo, cabeceou muito ao lado. Aos 19’ minutos, e na sequência de uma bola parada, Tozé rematou de primeira, sem preparação, para a primeira grande intervenção de Croas, para canto. Neste lance, Matheus recolheu a bola e cruzou na perfeição para Davidson, que de cabeça abriu o marcador.

    Apenas dois minutos depois, o Vitória SC sondou novamente o golo. Tozé surpreendeu a equipa adversária e avançou sozinho até à baliza contrária, evitando os adversários em slalom, e rematou forte, mas ao lado do poste direito. A esta altura, o SC Valenciano ainda procurava como assustar Miguel Silva, um mero espectador. Aos 25 minutos, Venâncio jogou longo em Tylor Boyd que, encostado à linha, recebeu de peito, transportou para zonas interiores e ainda de fora da área tentou o golo, sem sucesso.

    Por volta da meia hora de jogo chegou o primeiro lance de perigo à baliza dos visitantes. No centro da área e bastante pressionado, Chiva rematou muito por cima e despertou os adeptos valencianos. Na resposta, Croas foi obrigado a sair da baliza, não desfez o lance por completo e a bola chegou mesmo a entrar na baliza, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo de Guedes.

    Aos 35 minutos, os adeptos da casa pediram penalty sobre Chiva, mas sem razão. Tozé rasteirou o adversário, é certo, mas depois de cortar a bola. O árbitro mandou jogar, e bem. Já com o pensamento no intervalo, o Vitória SC chegou ao segundo golo. Mais uma vez Dodô em terrenos avançados, cruzou com força e encontrou Guedes ao segundo poste. Croas ainda defendeu, mas nada pôde fazer quando Boyd apareceu a encostar para o 0-2.

    O Vitória SC contou, uma vez mais, com o forte apoio das bancadas
    Fonte: Diogo Gonçalves/Bola na Rede

    De regresso ao relvado, Luis Castro trocou Davidson, algo apagado, apesar do golo, e colocou no seu lugar Rincon, que jogou e fez jogar a ala direita vitoriana. A equipa da casa dava os mesmos sinais da primeira parte; a qualquer momento cederiam ao cansaço e os golos eram uma questão de tempo, já que colocavam a linha defensiva demasiado alta, chegando mesmo a colocar os centrais na linha de meio-campo.

    Logo aos 52 minutos, Rincon mostrou ao que vinha; subiu pela lateral direita desenfreadamente e assistiu Tyler ao segundo poste. 0-3 demasiado fácil e os da casa, que militam na distrital de Viana do Castelo, começavam a desanimar. A partir daí, o Vitória SC dominou por completo a partida, se é que não o fazia até então, e só permitiu mais uma aproximação à sua baliza. Foi aos 60 minutos e através de um canto. À entrada da área, Castro recolheu o alívio da defesa vimaranense e rematou para a primeira e única intervenção de Miguel Silva.

    Foi o último esforço ofensivo dos da casa, que a meia hora do fim da partida demonstravam claros sinais de fadiga e dificuldades em acompanhar o ritmo dos primodivisionários. De cada vez que a equipa de Luis Castro acelerava em direção à baliza caseira, dava golo. Foi assim aos 65’, quando depois de vários cruzamentos recusados, Boyd cruzou na perfeição para Matheus apontar o quarto golo.

    Aos 71’ Brito demorou a desfazer um pontapé de canto e Óscar Estupiñán, recém-entrado, aproveitou para ampliar a vantagem. Cinco minutos depois, Óscar bisou na partida. Rincon conduziu a jogado pela direita, deixou para Dodô que cruzou largo, mas Boyd ainda recolheu dentro de campo. Driblou Ricardinho de forma exemplar e assistiu o camisola ‘26’.

    Aos 80 minutos, Rafa Soares recolheu um alívio da defesa da casa e serviu João Afonso ao segundo poste. Sem oposição, o central saltou e cabeceou para o 0-7 final. Até ao apito de Rui Oliveira, o Vitória SC baixou o ritmo, controlou o jogo e as paragens para assistência multiplicaram-se. O SC Valenciano recebeu bem a festa da Taça de Portugal, foi um digno representante dos campeonatos distritais, mas nada podia fazer face a tantas diferenças para a equipa da cidade de Guimarães. Por sua vez, os conquistadores iniciam a caminhada nesta prova com uma exibição segura e muito bem conseguida.

    Onzes iniciais:

    SC Valenciano: Croas; Costa (Ricardo Paulo, 65’), Diogo Brito, Hélder e Junior; Salé (Castro, 52’), Ricardinho e Goios; Moreira, Chiva e Joel (França, 65’).

    Vitória SC: Miguel Silva; Rafa Soares, João Afonso, Venâncio e Dodô; Celis, Tozé (Francisco Ramos, 55’) e Matheus; Tyler Boyd, Davidson (Rincón, 45’) e Guedes (Óscar Estupiñán, 66’).

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    O Diogo ama futebol. Desde criança que se interessa por este mundo e ouve as clássicas reclamações de mãe: «Até parece que o futebol te alimenta!». Já chegou atrasado a todo o lado mas nunca a um treino. O seu interesse prolonga-se até ao ténis mas é o FC Porto que prende toda a sua atenção. Adepto incondicional, crítico quando necessário mas sempre lado a lado.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.