Reza a lenda que, algures pela capital do móvel, se encontra uma muralha. E, não, não é feita de madeira. Dá-me ideia de que é muito mais resistente do que isso. Estou a falar, obviamente, do FC Paços de Ferreira.
Esta equipa tem até agora, ou seja, até à nona jornada do campeonato, apenas três golos sofridos! Este número já era de realçar de qualquer das formas, mas ainda se torna mais surpreendente quando nos apercebemos de que a média de golos sofridos das dezoito equipas da liga ledman pro é de dez golos. São só sete golos de diferença, não é verdade?
Mas qual será o segredo para esta defesa imbatível que o Paços tem apresentado? Será que o grande móvel que está a ser montado terá manual de instruções? Gostava de saber, e acho que todos vocês também, qual tem sido o truque para este desempenho defensivo exímio.
Para além da qualidade indiscutível de Ricardo Ribeiro, o quarteto defensivo que lhe segue também não fica nada atrás. Marco Baixinho, Junior Pius, Bruno Teles, Ricardo Ribeiro e Bruno Santos – são estes os nomes que têm feito a diferença na tarefa defensiva.
Phil Jackson, técnico de basquete, é autor da tão célebre frase “Ataques ganham jogos. Defesas ganham campeonatos”. O certo é que é já uma frase universal no mundo do futebol. Muita gente acha que essa é mesmo a “fórmula mágica” ou até mesmo o breve resumo do manual de instruções para montar o móvel novo que chegou a nossa casa. Mas será que é esta a fórmula para fazer com que o Paços volte aos grandes palcos do futebol nacional?
O certo é que um dos fatores dos castores já está a seu favor. Não fosse o seu treinador, o mestre das subidas como muitos lhes chamam – Vítor Oliveira. A sua primeira subida, por assim dizer, foi em 1990/1991 e claro está que aconteceu no Paços de Ferreira. Destino? Eu não queria dizer nada, mas… A verdade é que é muito pouco comum um clube “recém-descido de divisão” conseguir voltar ao escalão principal apenas em uma época. Mas também é verdade que Vítor Oliveira já nos mostrou que, de facto, não há cá impossíveis.
Foto de Capa: FC Paços de Ferreira
Artigo revisto por: Rita Asseiceiro