Stade de France, dez de julho de 2016. Ali, dentro daquelas quatro linhas, decidia-se que país estaria no topo do futebol europeu de seleções durante os quatro anos seguintes.
A seleção francesa, dona da casa, era favorita à conquista do troféu, enquanto que Portugal, apesar da entidade “Cristiano Ronaldo”, surgia naquela final como “underdog”, vindo de um percurso um pouco atribulado na competição.
Se, nos primeiros minutos, o nervosismo natural de uma final daquela magnitude tomou conta de grande parte dos jogadores, ao oitavo minuto Dimitri Payet faria questão de quebrar o gelo: com uma entrada fora de tempo sobre Cristiano Ronaldo, o jogador gaulês tirava o número sete português do relvado no jogo que Cristiano mais quereria resolver.
A partir daí, assistiu-se a um maior domínio do jogo por parte da formação da casa que, inclusivamente, conseguiu criar algumas situações de perigo, até que, pouco antes do cronómetro atingir a primeira meia hora de jogo, Antoine Griezmann, após um passe magnífico de Pogba, deixa Cedric Soares para trás e remata colocado sem hipóteses para Rui Patrício. 1-0 para a França.
Era um duro golpe nas aspirações lusas: agora sem o seu líder dentro de campo, teria que reverter um resultado adverso na casa do adversário. E, se o 1-0 já complicava a missão portuguesa, um hipotético segundo golo dos franceses quase que deitaria por terra o sonho daqueles dez milhões.
E esse segundo golo havia mesmo de surgir. Trinta e oito minutos jogados, cruzamento de Griezmann da esquerda e, de primeira, Payet acerta um remate fulminante que deixa o guardião português sem reação. Era o 2-0 e sentia-se que ali acabara a esperança dos comandados de Fernando Santos.
Até ao final, assistimos a uma França totalmente controladora de todo o jogo e Portugal, completamente impotente, apenas “via jogar”.
Apesar desse domínio e de algumas outras boas chances para a seleção local, o resultado manter-se-ia inalterado até ao final, resultado que coroava os “les bleus” como campeões da Europa.