Muito se tem falado dos reforços do Sporting, e da política de contratações que o clube leonino tem seguido. Uns consideram que o clube se deveria virar para a formação, como sempre foi sua bandeira, e outros defendem que terá que haver uma mescla de formação com jogadores experientes, mas nunca se chega a um consenso.
Eu penso que as duas podem ser aceites, e têm mais força conforme os resultados que apareçam. Porque, para a maioria dos adeptos, tudo está bem quando a bola entra, e tudo está mal quando o contrário acontece.
No primeiro ano de Jorge Jesus no Sporting, a equipa era assente em jogadores da formação, como Adrien, William, João Mário, Rui Patrício, para referir apenas os mais influentes, apoiada em alguns jogadores experientes como Slimani, Bryan Ruiz, Schelotto, e conseguimos lutar pelo titulo até à última jornada contra uma equipa que já vinha cimentada de várias épocas atrás. No ano seguinte, dessa equipa saíram apenas dois jogadores, Slimani e João Mário, entrando para o seu lugar Bas Dost e Gelson Martins, e percebendo pelo desempenho destes últimos, a equipa não deveria ter sofrido uma diminuição de qualidade de jogo como se verificou. Ainda para mais, tornando-se uma equipa a sofrer mais golos quando tinha agora, relativamente à época anterior, Coates, um dos melhores centrais do campeonato.
Ou seja, de um ano para o outro, e apesar de algumas contratações falhadas, a equipa base mantinha-se com os mesmos fundamentos da anterior e falhou. Então talvez a questão de apostar nisto ou naquilo não faça tanta diferença. O que fará diferença será mais se os jogadores se complementam, se sabem perceber as ideias do treinador, ou se são os ideais para implementar o estilo de jogo do mister.