O NXT 2.0 marca uma nova vida para a marca de desenvolvimento da WWE: Triple H não está comando, mas sim Vince McMahon, a arena mudou, o logotipo mudou, toda a apresentação mudou. Isto é algo completamento novo e que não mantém praticamente nada similar em relação ao NXT que apaixonou o mundo do wrestling e da WWE.
Esta mudança já era há muito esperada: o AEW Dynamite (que até já compete com as audiências televisivas do RAW) trucidou o NXT nas audiências, obrigando a que a WWE alterasse o dia da sua transmissão.
A liderança de Vince McMahon fez-se logo sentir na primeira edição deste evento: o NXT 2.0, no passado dia 14 de setembro.
Assistimos a uma série de combates básicos, que não foram maus, mas estiveram longe de deslumbrar. Vimos também muitos homens recheados de músculos e de inexperiência em ringue – no fundo, o NXT 2.0 é uma verdadeira marca de desenvolvimento.
O problema, na minha opinião, é que se todos os lutadores serão “desenvolvidos” da mesma maneira, e como tal, perder-se-ão as suas individualidades, aquilo que os poderia destacar.
De resto, a próxima estrela do NXT 2.0 já está mais do que escolhida: Bron Breakker. O filho de Rick Steiner e sobrinho de Scott Steiner é visto com muitos bons olhos por Vince McMahon: Breakker venceu o primeiro combate de sempre no novo NXT, já está a ombrear com o Campeão, Tommaso Ciampa, e até a sua roupa tem o mesmo padrão de cores do novo logotipo da marca.
Legenda: Bron Breakker deverá ser a principal estrela do NXT 2.0.
Nesta nova era, não só do NXT como também da WWE, certamente vamos ver menos Campeões do NXT a serem totalmente desperdiçados no main-roster.
A pessoa que agora escolhe os campeões do NXT é a mesma que coordena o main-roster: Vince McMahon. Ou seja, assim que certo ex-campeão do NXT chegar ao Raw ou ao SmckDown, já terá sido aprovado pelo “patrão”.
E já na última semana surgiram relatos de que Vince McMahon pretenderá “arriscar mais” com a programação do NXT; tal poderá significar que teremos um conteúdo mais sexualizado e propositadamente provocador.
Tal, só o futuro dirá, mas uma coisa é certa: o NXT que esgotou arenas por vários países, que criou alguns dos combates e histórias mais memoráveis da história do wrestling e que lançou tantos lutadores para o estrelato, já morreu.
No seu lugar, temos este NXT 2.0 que, para mim, parece ser mais um programa desinteressante, e que não chegará perto do nível da marca outrora liderada por Triple H.
Foto de capa: WWE