Os jogos da Liga dos Campeões são sinónimo de grandes partidas, e hoje não foi, obviamente, exceção.
Confesso que achava a eliminatória na Alemanha resolvida. Todavia, o Dortmund surpreendeu-me de forma muito positiva, apresentando-se em jogo de forma aguerrida e a tentar alterar o rumo da eliminatória. Em Londres, previa um jogo muito ofensivo da equipa liderada por José Mourinho, e uma equipa do PSG a jogar em contra ataque, podendo resolver o jogo face à inqualificável qualidade do trio ofensivo da equipa de Paris.
O Dortmund venceu o Real Madrid por 2-0 e o Chelsea venceu o PSG igualmente por 2-0.
Em Dortmund, o Real Madrid não entrou mal no jogo e dispôs de uma belíssima oportunidade para resolver a eliminatória a seu favor. Cruzamento de Fábio Coentrão e o defesa direito Piszczek faz mão na bola, sendo penálti a favor da equipa visitante. Sem Cristiano Ronaldo, o esquerdino Di Maria responsabilizou-se pela marcação do mesmo, não aproveitando a oportunidade, provocando assim a ascensão da equipa da casa.
O Dortmund foi-se superiorizando e, de forma natural e rápida, fez o primeiro e em seguida o segundo golo, relançando a eliminatória. De realçar as falhas defensivas que originaram os golos e o merecimento dos mesmos. O Real Madrid fez claramente uma péssima primeira parte e, se na segunda a forma de jogar não fosse alterada, poderia acontecer a grande surpresa da noite.
O Real Madrid nunca se encontrou em campo, teve poucas oportunidades de golo, fez um jogo paupérrimo e os seus craques estiveram claramente desinspirados. Em oposição, a equipa do Dortmund tinha tudo a seu favor (jogava em casa perante os seus frenéticos adeptos, estava a vencer por 2-0, faltando-lhe apenas um golo para empatar a eliminatória, e a equipa adversária estava a jogar mal, cometendo inúmeros erros).

Fonte: Bbc.com
Na segunda parte, a equipa de Madrid entrou um pouco melhor. Mexeu na equipa, substituindo Illarramendi por Isco e apresentando-se mais calma e menos precipitada. Illarramnedi fez uma primeira parte extremamente fraca, daí a substituição.
Para a segunda metade, previa-se uma autêntica avalanche ofensiva por parte dos rapazes de amarelo, e assim foi. O Borussia Dortmund entrou da mesma forma em que tinha ido para o intervalo – a dominar e à procura do golo -, tendo disposto de algumas oportunidades para o fazer, que, ou eram defendidas por Iker Casillas, ou eram desperdiçadas pelos seus jogadores.
Queria realçar a exibição por parte do guarda-redes visitante, a grande exibição de Marco Reus que apontou os dois golos da partida, e a exibição da equipa da casa na sua generalidade, demonstrando enorme entreajuda, capacidade de sofrimento e qualidade.

Fonte: Uefa.com
Em Stamford Bridge, era expectável um jogo intenso, com o Chelsea claramente a querer marcar e o Paris Saint Germain a querer segurar o resultado o máximo de tempo possível. A primeira parte foi interessante, e provavelmente um importante momento do jogo foi o problema físico da estrela Hazard, que, ao sair, deu lugar a Schurrle.
Schurrle entrou muito bem no jogo e, ao minuto 32, fez as delícias do seu treinador e dos seus adeptos, ao marcar o primeiro golo da noite. Com este golo, o Chelsea soltou-se mais no jogo, tendo sempre em alerta o trio ofensivo do PSG, e foi para intervalo com uma merecida vitória.
Para a segunda parte, era expectável um jogo mais intenso e rápido. O Chelsea entrou de forma brilhante e, em dois minutos, dispôs de duas oportunidades de golo, tendo sido a barra da baliza defendida por Sirigu a negá-las.
O Chelsea manteve-se organizado e continuou sempre à procura do tão merecido golo que daria a passagem às meias-finais da competição. O resultado mantinha-se favorável à equipa visitante, que ia usufruindo de algumas oportunidades, embora sem grande perigo.
Aos 66 minutos, o “Special One” fez entrar Demba Ba para a saída do veterano Lampard, e aos 81 arriscou tudo, colocando Fernando Torres – ou seja, jogava com três avançados.
Os últimos dez minutos foram impróprios para cardíacos. Ao minuto 87, o estádio do Chelsea ficou literalmente ao rubro com um merecidíssimo golo, apontado por Demba Ba. José Mourinho festejou de forma efusiva, tendo corrido desde o seu banco até ao local do golo.

Fonte: Uefa.com
Até ao apito final de Pedro Proença, o PSG causou bastante perigo, mas Peter Cech protagonizou uma grande defesa. O jogo terminou e o Chelsea eliminou a equipa francesa, repleta de estrelas, num grande jogo de futebol.
Concluindo, o Real Madrid teve inúmeras dificuldades para passar à próxima fase, e o Chelsea foi, sem margem para dúvidas, um justo vencedor. Mais uma grande jornada da Liga dos Campeões com futebol ao mais alto nível.