Flamengo 1-1 Athletico Paranaense (2-3 g.p): Displicência e excesso de confiança traem Jesus

Em jogo a contar para a segunda mão dos quartos de final da Copa do Brasil, o Athletico Paranaense levou a melhor perante o Flamengo. O resultado da primeira mão repetiu-se no Maracanã (1-1) e o vencedor apenas ficou conhecido na lotaria dos penaltis.

O emblema do Rio de Janeiro entrou com pressa de chegar à baliza adversária, uma vez (que o primeiro jogo desta eliminatória terminou empatado a uma bola, na casa do Athletico Paranaense) e que os golos fora não contam nesta competição. De Arrascaeta, de cabeça, deixou o primeiro aviso a Santos, após uma boa jogada construída a partir de trás, com passes curtos e rápidos, que envolveu praticamente toda a equipa do Flamengo. O médio uruguaio sairia lesionado aos 13’.

O Flamengo apresentou-se no 4-4-2 habitual das formações de Jorge Jesus, e ao contrário do último jogo, os jogadores já começam a mostrar o entrosamento com as ideias do técnico português. A marcação de bolas paradas, as movimentações do médio mais defensivo (Cuéllar) a descer no terreno para a construção de jogo a três, projetando os laterais abertos nas alas, foram apenas alguns dos sinais que terão agradado a “JJ”.

O “Fla” entrou com tudo e a nova “pérola” do Ninho do Urubu (palavra bastante atual, utilizada para denominar cada jovem jogador com idade inferior a vinte anos que aparece na equipa principal de um clube), Lincoln, à boca da baliza, atirou ao poste, depois de uma boa combinação entre Gabigol e Rafinha (16’).

Nesta fase, a equipa de Curitiba mal tocava na bola. Era notável a pressão ao portador da bola e a agressividade (no bom sentido futebolístico) que o Flamengo exercia, tanto defensiva como ofensivamente. Incrível como todo o jogo do Flamengo passava inevitavelmente por Diego ou Éverton Ribeiro.

Aos 24’ Rony podia ter sido expulso por um “pisão” a Rafinha, mas o árbitro poupou-o com um amarelo. Logo depois, o mesmo Rony teve a oportunidade mais flagrante do Athletico Paranaense na primeira metade, um remate por cima da baliza adversária, numa altura em que o “time” do Paraná começou a equilibrar o jogo, em resposta à entrada fulgurante do Flamengo.

Fonte: Clube Athletico Paranaense

O segundo tempo começou como o primeiro, com ligeiro ascendente do “Fla”, mas faltava-lhes alguma coisa… Vitinho, nem de perto nem de longe, trabalha o mesmo para equipa que De Arrascaeta. Sem querer com isto atribuir culpas individuais ou tirar mérito ao Athletico que trouxe a lição bem estudada

Vitinho, que até ao momento andava escondido do jogo, depois de um drible que deixou para trás Jonathan, descobriu Éverton no coração da área, que assistiu, de cabeça, Gabigol, para o 1-0 (63’).

Como seria de esperar, e porque o Athletico Paranaense tinha de correr atrás do prejuízo, tentava instalar-se no meio campo ofensivo. Conseguia, mas por pouco tempo. Não por falta de qualidade na circulação de bola, mas pela pressão exercida. Até que Bruno Nazário aproveitou a desorganização da defesa do Flamengo para isolar Rony, que, na cara de Diego Alves, não tremeu e igualou a partida e a eliminatória (77’). Oportunidade caída do céu.

O ex-FC Porto, Lucho González, entrou aos 88’ mas ainda teve tempo para deixar os adeptos do Flamengo com o coração nas mãos, com dois remates cheios de intenção. É a prova viva de que, “quem sabe, não esquece”. Mas não passaram apenas de sustos, e o vencedor teve de ser decidido pela marca das grandes penalidades.

Da marca dos 11 metros, Diego, Vitinho e Éverton Ribeiro falharam de forma displicente. Ou talvez estivessem demasiado confiantes que fossem marcar. Tal não aconteceu. Apenas Cuéllar marcou para os da casa. Jonathan, Bruno Guimarães e o veteraníssimo, Lucho, marcaram para o Athletico.

A verdade é que, se fosse pelas oportunidades criadas e pelo bom futebol praticado, o Flamengo seria o justo vencedor. Mas o futebol nem sempre é justo, nem sempre ganha o melhor. E nos penaltis, vence o mais eficaz. Neste caso, foi o Athletico Paranaense, que nas meias finais irá defrontar o Grêmio de Porto Alegre.

ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES

Flamengo: Diego Alves, Rafinha (Rodinei, 87’), Duarte, Caio, Rene, Cuellar, Éverton Ribeiro, Diego, De Arrascaeta (Vitinho, 14’), ‘Gabigol’ e Lincoln (Berrio, 59’)

Athletico Paranaense: Santos, Azevedo (Lucho González, 88’), Jonathan, Pereira, Róbson Bambu, Jonathan, Wellington, Bruno Guimarães, Nikão (Nazário, 69’), Rony, Marcelo Cirino (Vitinho, 84’) e Marco Rúben

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O Filipe é um adepto do futebol positivo, diretamente do Alentejo, deu o salto para a Beira Interior em busca do sonho: a formação em Comunicação que o leve à ribalta do jornalismo desportivo.                                                                                                                                                 O Filipe escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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