Jogos amigáveis (ou jogos de preparação, como prefiro chamá-los) são nada mais nada menos do que os preparativos para os desafios a valer que surgirão num futuro não muito distante. Como tal, necessariamente, inúmeras ilações têm de ser retiradas destes múltiplos 90 minutos; e o facto de o plantel do FC Porto ser relativamente curto é uma conclusão à qual grande parte da massa adepta (e não só) chegou.
Este cenário poderá, todavia, ainda ser agravado por eventuais lesões que possam ir surgindo com o decorrer da época.
Ainda antes da temporada 2019/20 começar “a sério”, os adeptos portistas tomaram já um gostinho daquilo que poderá vir a suceder durante os próximos meses, caso novos reforços não sejam oficializados: com Diogo Costa e Loum atualmente lesionados, alarmes foram soados dentro do seio azul e branco, sobretudo na questão “guarda-redes”, visto que restava apenas Vaná e o jovem Mouhamed Mbaye para ocupar a posição mais recuada do terreno.
Pessoalmente, não valorizo muito esta lacuna em específico (pelo simples motivo de existirem outras lacunas que precisam de resolução mais urgente ainda), porém isto não significa que não vejo com bons olhos a chegada de um novo nº1 à cidade do Porto: uma segunda opção fiável para a baliza será sempre bem-vinda a um clube com o número de compromissos e ambições do FC Porto (e não, Vaná não é uma opção fiável).

Fonte: FC Porto
Lembram-se de eu referir que existem lacunas maiores no plantel do FC Porto? Pois bem, o meio campo será indiscutivelmente uma delas. Com o condicionamento de Loum, restam apenas cinco nomes: Romário Baró, Danilo, Sérgio Oliveira, Bruno Costa e, eventualmente, Otávio. Tendo em conta ainda que dos nomes anteriormente citados apenas alguns serão verdadeiras opções, é fácil perceber que falta uma ou duas contratações cirúrgicas (no mínimo) para que esta parte do terreno suporte todas as exigências que vêm a caminho (que falta que faz agora um Óliver, não é verdade?).
No setor mais avançado, cenário semelhante àquele vislumbrado no miolo, com uma pequena diferença, todavia: nomes existem vários, soluções existem poucas. É a tal questão de ter quantidade, porém pecar em qualidade. Fernando Andrade, Galeno e Aboubakar (este último por questões físicas) não podem ser caracterizados como “opções”, no sentido literal da palavra.
Relativamente aos restantes atacantes, permaneço com algumas desconfianças para com os reforços recém-chegados, contudo vejo potencial para que, ao longo da época, consigam provar que as minhas dúvidas não possuem fundamento. Veremos…
Enfim, reforços para o ataque, para o meio campo e para a baliza… não deve ser assim tão difícil para um clube que durante anos a fio foi recordista em vendas. Oh, espera aí: parece que a UEFA não concorda comigo.
Foto de capa: Bola na Rede