FC Steaua de Bucareste 0-0 Vitória SC: Decisão adiada para Guimarães

Com o objetivo primordial de entrar na fase de grupos da segunda divisão do futebol europeu, o Vitória Sport Clube viaja à Roménia para defrontar aquele que outrora foi um dos melhores clubes do mundo, mas que agora está muito longe da qualidade demonstrada no século passado: o FC Steaua de Bucareste (hoje em dia mais conhecido por FCSB).

A equipa da casa entrou no Marin Anastasovici com um onze titular de onde se destacam: a liderança e pragmatismo do capitão Pintili, o virtuosismo de Coman – um dos melhores jovens romenos do futuro –, e ainda frieza em frente à baliza do ponta-de-lança Tanase. Já Ivo Vieira, treinador do Vitória SC, opta por fazer algumas alterações em relação à partida da semana passada, onde goleou o FK Ventspils. Aliás, pela primeira vez nesta Liga Europa, o timoneiro mexe nalgumas das suas peças significativas. Bondarenko entra para o lugar do capitão Pedro Henrique, Douglas assume pela primeira vez a baliza na competição e o jovem Bruno Duarte assume o posto que, até aqui, pertencia quase “exclusivamente” a Alexandre Guedes, na frente de ataque. André Almeida, opção mais regular, entra para o lugar do lesionado Joseph.

Numa primeira parte com ação perto das balizas, o FCSB foi a equipa que esteve mais confortável, num relvado que não estava nas melhores condições. A principal ocasião de golo foi mesmo sua, quando o extremo Coman atirou rasteiro, ao poste, com Douglas já batido. Aos 2 e aos 40 minutos, aconteceram outras duas grandes ocasiões para os romenos, anuladas por fora-de-jogo. Aliás na primeira, até chegaram mesmo a festejar o golo, com os ânimos resfriados pela bandeirola do fiscal de linha.

O Vitória SC, por sua vez, adotou uma postura mais defensiva, apostando nas transições rápidas e nos lances de bola parada, sem sucesso. Davidson foi o que mais tentou remar contra a maré de domínio dos homens da casa com três tentativas, que saíram muito fracas e fora do alvo. Por esta altura, apesar da supremacia do FCSB, os 4-3-3 desenhados pelos treinadores iam-se anulando, com 0-0 no marcador.

Fonte: Vitória SC

A segunda metade do desafio começou nos mesmos moldes: com a equipa romena a ter mais bola e o Vitória SC com muitas dificuldades para sair a jogar com qualidade, algo que é essencial para o estilo de jogo que Ivo Vieira gosta de implementar nos clubes que orienta. Aos 53 minutos Vina – que sairia seis minutos mais tarde – a partir da ala, teve oportunidade de bater Douglas, mas o remate saiu fraco.

Aos 62 minutos, o treinador madeirense promoveu a estreia de Poha, jogador emprestado pelo Rennes, para tentar reverter um pouco esta situação de “desvantagem exibicional”, chamemos-lhe assim. Numa altura de muitas substituições, o Vitória SC foi-se chegando mais à frente, com o FCSB a ressentir-se fisicamente, devido à intensidade que colocou durante todo o encontro.

A partir dos 70 minutos, os vimaranenses cresceram e dificultaram mais aos adversários a chegada à sua área. Com cerca de 10 minutos finais mais interessantes, o jogo ficou mais partido, mas sem que fossem criadas oportunidades de golo flagrantes, o nulo estabeleceu-se no final. Apesar de ter desempenhado um jogo pobre até aos últimos 20 minutos, o acerto defensivo do Vitória SC e a falta de eficácia do FCSB foram as constantes desta quinta-feira europeia. Para a semana há a decisão final e creio que a equipa nacional tem capacidade para vencer e conseguir o seu grande objetivo.

 

ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES

FC Steaua de Bucareste: Balgradean, Cretu, Planic, Soiledis, Pantiru, Pintili (Oaida, 66′), Popescu, Roman (Popa, 46′), Vina (Gnohere, 59′), Coman e Tanase;

Vitória SC: Douglas, Sacko, Bondarenko, Tapsoba, Florent, Al Musrati, André Almeida (Poha, 61′), “Pêpê” Rodrigues, Davidson, Bruno Duarte (Guedes, 76′) e Rochinha (Rafa, 66′).

Carlos Ribeiro
Carlos Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
Com licenciatura e mestrado em Jornalismo, Comunicação e Cultura, o Carlos é natural de um distrito que, já há muitos anos, não tem clubes de futebol ao mais alto nível: Portalegre. Porém, essa particularidade não o impede de ser um “viciado” na modalidade, que no âmbito nacional, quer no âmbito internacional. Adepto incondicional do Sport Lisboa e Benfica desde que se lembra de gostar do “desporto-rei”.                                                                                                                                                 O Carlos escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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