A quarta jornada da Premier League tinha como “jogo grande” o dérbi do norte de Londres, mas os holofotes lusos estavam virados para o embate entre Everton e Wolverhampton, devido à presença de técnicos e jogadores portugueses. A equipa de Liverpool contou com André Gomes a titular, como principal pensador do seu jogo, enquanto que os “lobos” tiveram Rui Patrício, Rúben Vinagre e Rúben Neves de início. Ambos os clubes ambicionam intrometer-se na luta pelo “top six” durante esta época, tendo em mira o acesso às provas europeias, mas a luta com as principais potências deste campeonato será tudo menos fácil.
O jogo começou com o Everton a marcar logo aos cinco minutos após um desentendimento de Coady e Rui Patrício, com este último a colocar a bola em Richarlison e a ver o brasileiro atirar para o primeiro golo da partida. No entanto, esta vantagem durou apenas quatro minutos, pois Saiss (que habitualmente é suplente de João Moutinho) aproveitou um ressalto na pequena área e encostou para golo, após uma grande arrancada pela direita de Adama Traoré, que mais uma vez demonstrou a sua velocidade estonteante. Se pensam que isto acalmou então desenganem-se: minuto 12, cruzamento perfeito de Sigurdsson e Alex Iwobi a corresponder da melhor forma, com uma finalização de cabeça de alto nível. Três golos em 12 minutos permitiam perguntar: “are you not entertained?”
A partida continuou sem que uma equipa se sobrepusesse à outra, tendo Raúl Jiménez e Patrick Cutrone a sua mira apontada às redes de Pickford e, no lado oposto, Moise Kean e Richarlison às de Rui Patrício. Sem que existissem mais oportunidades relevantes, o jogo chegou ao intervalo com o 2-1 no marcador, a favor dos “Toffees”.
No reatar da partida, os comandados de Nuno Espírito Santo entraram com vontade de pegar no jogo e tentaram controlar a posse de bola, mas quem o fez no imediato foi a equipa de Marco Silva. Ainda assim, a partir da hora de jogo, o Wolves conseguiu assentar o seu jogo e começou a chegar mais vezes à área do Everton. Este trabalho deu frutos ao minuto 75, quando Raúl Jiménez, num ato corajoso, colocou a cabeça na bola sem se deixar intimidar pelo pé de Lucas Digne. A bola acabou na baliza, repondo a igualdade, mas o mexicano ganhou um “galo” na cabeça.
Como neste jogo as vantagens tenderam em não durar muito, este caso não foi exceção: cinco minutos depois do golo dos “lobos”, o Everton voltou a colocar-se em vantagem, de novo por intermédio de Richarlison, que cabeceou para golo perante a oposição de Boly e na sequência de um cruzamento de Digne. 3-2 para os “Toffees” aos 80 minutos.
Até final, o Everton conseguiu manter a bola em sua posse e longe da sua baliza, evitando correr riscos desnecessários. Destaque ainda para a expulsão de Willy Boly, já no período de compensação, por acumulação de amarelos. Marco Silva levou a melhor sobre o compatriota Nuno Espírito Santo num jogo cheio de golos e que terminou com justiça no resultado.
ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES:
Everton – Pickford; Coleman; Keane; Yerry Mina; Lucas Digne; André Gomes; Fabian Delph; Richarlison; Sigurdsson; Alex Iwobi (Bernard, 76’); Moise Kean (Calvert-Lewin, 76’).
Wolverhampton – Rui Patrício; Boly; Coady; Bennett; Adama Traoré; Rúben Vinagre; Rúben Neves (Pedro Neto, 84’); Saiss (Moutinho, 59’); Dendoncker; Cutrone (Diogo Jota, 68’); Raúl Jiménez.