Dia 6 dos Mundiais: Depois da Prata, o Ouro de Dina

Irina Rodrigues e Liliana Cá foram as representantes portuguesas no primeiro dia da 2.ª metade dos Campeonatos, tendo ambas participado na prova do Lançamento do Disco. A nível internacional, grande destaque para o Ouro de Dina Asher-Smith nos 200 metros, com recorde nacional britânico, para a grande vitória de Grant Holloway depois de uma (muito) longa temporada nas barreiras e para o 4.º título consecutivo de Fajdek no Martelo.

AS PORTUGUESAS

Problemas físicos marcaram o final de temporada de Liliana Cá
Fonte: FPA

Liliana Cá foi a primeira entrar em prova no Lançamento do Disco, estando inserida no Grupo A da qualificação. A portuguesa esteve abaixo das suas capacidades, lançando como melhor 54.31 metros ao terceiro ensaio, muito longe do seu melhor da temporada (59.69).

Já Irina Rodrigues entrou em prova pouco depois, ficando-se pelos 56.21 metros, a sua 2ª pior marca nesta temporada. Ainda assim, não sendo esta a marca que a atleta esperava fazer, é de realçar a grande temporada de Irina Rodrigues que passou por 10 vezes dos 60 metros em 2019.

Irina Rodrigues não conseguiu o apuramento, apesar da excelente temporada
Fonte: FPA

Irina Rodrigues disse no final que “esperava mais” e que tinha o objetivo de “voltar a passar dos 60 metros” que foi o que fez “regularmente” este ano. Hoje queria lançar ainda mais do que o habitual e acredita que o problema foi que “estava com tanta ansiedade para lançar longe, que acabava por lançar demasiado rápido”. Ainda assim, reconheceu que o nível esteve “altíssimo”, pelo que a qualificação iria ser “muito difícil”, mesmo que estivesse no seu melhor. Liliana Cá recusou-se a prestar declarações.

AS FINAIS DE HOJE

Nos 200 metros femininos, grande exibição de Dina Asher-Smith (GBR), que não se limitou a comprovar o seu absoluto favoritismo, mas fê-lo em grande estilo, melhorando o recorde nacional britânico para 21.88 segundos. A britânica junta assim este Ouro à Prata conquistada – também com recorde nacional – nos 100 metros, dando seguimento à excelente temporada que também teve em 2018, quando venceu os 100 e os 200 nos Europeus de Berlim, também com recordes à época.

Numa disciplina que viu os grandes nomes a caírem sucessivamente (por lesões, desqualificações ou…calendarização), a medalha de Prata foi para Brittany Brown (USA), que terminou em 22.22 segundos, um novo recorde pessoal, enquanto que a medalha de Bronze foi para Mujinga Kambundji (SUI) que também alcança a sua primeira medalha global ao ar livre, correndo em 22.51 segundos.

A final que fechou a noite foi a dos 110 metros barreiras no masculino e havia boas razões para isso. Vários atletas lutavam pelas medalhas e as eliminatórias e semifinais haviam prometido tempos rápidos. Na final, Grant Holloway (USA) teve uma fantástica partida, à qual Omar McLeod (JAM), tentou reagir, tendo sido o único a aproximar-se do norte-americano nos primeiros 70 metros. Depois, McLeod desequilibrou-se, caiu, e ainda atrapalhou – e muito – Orlando Ortega (ESP) que, apesar da má partida, vinha a recuperar lugares e procurava o pódio.

A situação não é nova nesta temporada, uma vez que o jamaicano já havia derrubado Sergey Shubenkov (provocando até uma lesão ao russo) e Wenjun Xie em situações similares. Holloway terminou, assim, sozinho na frente com uma marca de 13.10 segundos, alcançando o primeiro título internacional da sua carreira aos 21 anos, numa época incrivelmente longa para o norte-americano, que começou a competir ao mais alto nível – no desporto universitário – em janeiro e, 10 meses depois, chega ao Ouro em Doha.

Grande feito de Holloway em Doha, acabando o ano em grande
Fonte: IAAF

A Prata foi para Sergey Shubenkov (RUS) que, em 13.15 segundos – e apesar de todos os problemas físicos – consegue conquistar a sua 4.ª medalha nos últimos quatro campeonatos (a 2.ª consecutiva de Prata, além de uma de Ouro e uma de Bronze). A completar o pódio, com o Bronze ficou Pascal Martinot-Lagarde (FRA), que volta a surpreender depois do título europeu de Berlim e conquista aqui a sua primeira medalha global ao ar livre, em 13.18 segundos.

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Pedro Pires
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O Pedro é um amante de desporto em geral, passando muito do seu tempo observando desportos tão variados, como futebol, ténis, basquetebol ou desportos de combate. É no entanto no Atletismo que tem a sua paixão maior, muito devido ao facto de ser um desporto bastante simples na aparência, mas bastante complexo na busca pela perfeição, sendo que um milésimo de segundo ou um centimetro faz toda a diferença no final. É administador da página Planeta do Atletismo, que tem como principal objectivo dar a conhecer mais do Atletismo Mundial a todos os seus fãs de língua portuguesa e, principalmente, cativar mais adeptos para a modalidade.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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