Por esta altura, o treinador Sérgio Conceição já está a preparar o próximo jogo, diante do V. Setúbal, a contar para a Taça de Portugal. Com o plantel reduzido devido à paragem para os jogos da seleção, o treinador já prepara futuras mudanças no que toca às opções. Podíamos entrar já por aí – pelos castigos e reprimendas próprias de ações inapropriadas -, mas torna-se primordial fazer uma retrospetiva do antes e depois das paragens forçadas pelos jogos das seleções.
A primeira paragem aconteceu no início de outubro – entre 3 a 19 -, e aconteceu depois da derrota diante do Feyenoord para a Liga Europa. A paragem até pareceu apropriada para restaurar processos e recuperar a boa imagem, depois de um jogo muito mal disputado. Mas, comprovou-se depois, que não foi assim tão benéfica.
O FC Porto vinha de uma derrota na Europa, mas, por outro lado, somava seis vitórias consecutivas no campeonato. Cenário diferente do que encontrou depois do regresso dos internacionais.

Fonte: FC Porto
Para as competições europeias, neste caso a Liga Europa, a equipa de Sérgio Conceição manteve a toada, ou seja, o mau momento. Defrontou por duas vezes os The Rangers e somou apenas um ponto, fruto de um empate no Dragão e uma derrota na Escócia.
Para a Taça de Portugal, frente ao Coimbrões, cumpriu o expectável, mas no campeonato teve um novo deslize: o empate na Madeira frente ao Marítimo SC.
Depois de ter vencido em casa o FC Famalicão, na jornada anterior ao deslize na Madeira, os portistas tinham chegado, pela primeira vez, à liderança do campeonato, mas frente aos madeirenses cederam pontos e viram-se ultrapassados pelo SL Benfica.
O que se seguiu à paragem para os jogos das seleções foi a ascensão e perda de liderança do campeonato, a queda para o último lugar da grupo na Liga Europa e ainda o momento conturbado da equipa.
Jogadores referenciados e opções habituais viram-se castigados e excluídos, a equipa não encontrava o caminho para a baliza e seriam os defesas a resolver a questão. Muitos golos sofridos, pouco marcados. E esta é, possivelmente, a fase mais difícil do FC Porto. As competições estão novamente paradas, regressam apenas daqui a uma semana, e até lá o treinador pode e deve incutir um novo espírito numa equipa que precisa de se encontrar para depois encontrar novamente o caminho para as vitórias.
Foto de capa: FC Porto
Artigo revisto por Inês Vieira Brandão