FC Porto 3-2 Feyenoord Rotterdam: Dragões confirmam favoritismo e seguem para os 16 avos

Em jogo referente à última jornada da fase de grupos da Liga Europa, o FC Porto recebeu e bateu o Feyenoord Rotterdam por três bolas a duas. Desta forma, apurou-se para os dezasseis avos de final da Liga Europa.

A equipa da cidade invicta entrou em campo com o onze predileto da maioria dos adeptos, certamente. Corona, em vez de Manafá ou até de Mbemba, dá outra qualidade à ala direita dos azuis e brancos. O regresso de Uribe e de Luis Díaz à titularidade nos jogos “a doer” também foram destaque neste jogo decisivo. Sérgio Conceição pôs “a carne toda no assador”.

Do outro lado, estava um Feyenoord desfalcado, privado de contar com alguns habituais titulares, entre eles, o lateral Karsdorp e o guardião Vermeer, para além de Jorgensen e do internacional jovem por Portugal, Edgar Ié. O guarda-redes utilizado nesta partida, Marsman, é titular, fruto das lesões dos dois principais “donos” do lugar.

Apesar do início dividido, o Porto foi a primeira equipa a causar perigo. Luis Díaz, à passagem do sexto minuto de jogo, rematou para defesa apertada do guardião adversário (6’). Os holandeses, ainda com possibilidades de se apurar, responderam de imediato com um livre de Berghuis, para boa defesa de Marchesín (10’).

Um jogo de parada e resposta. Praticamente na jogada seguinte, Luis Díaz fez o gosto ao pé (14’). Combinação perfeita entre Marega e Alex Telles, que colocou a bola no sítio certo para o remate do extremo colombiano. “Fífia” de Marsman, não retirando mérito ao golo do Porto. Enquanto os adeptos ainda festejavam o primeiro, eis que surge o segundo. Cruzamento de Soares à procura de um companheiro, para autogolo de Malacia (15’).

Os dragões nem tiveram tempo para se sentirem confortáveis com a vantagem de dois golos. Primeiro, alguém se esqueceu do central Botteghin na sequência de um pontapé de canto, que sozinho, só teve de encostar lá para dentro (19’). Pouco depois, Larsson empatou e relançou a partida (22’). Meia parte, quatro golos, dois para cada lado. Ainda assim, houve uma constante nos golos do Feyenoord: a apatia da defesa portista.

Apesar da qualidade reconhecida, Berghuis despareceu no segundo tempo
Fonte: Feyenoord Rotterdam

O jogo acalmou. Mas ambas as equipas precisavam de o agitar, precisavam de ganhar. E quem melhor para lhe dar um “safanão”? Marega acelerou pela direita, cruzou atrasado para Otávio, que rematou para defesa incompleta do guarda-redes. Mais uma vez, a bola ficou à mercê de um mínimo toque, e Soares, de carrinho, fez o terceiro golo dos azuis e brancos (33’).

O Porto foi a vencer para o intervalo (3-2), mas no segundo tempo teria que (finalmente) confirmar todo o favoritismo. A meu ver, claramente superior, apenas faltava demonstrá-lo dentro das quatro linhas. Até ao momento, um jogo a fazer lembrar o campeonato do país das tulipas.

No regresso dos balneários, ambas as equipas voltaram diferentes. Mais estáveis, equilibradas e precavidas, em virtude daquilo que de “menos bom” fizeram antes. Os ‘dragões’ mais dominantes, perante um Feyenoord cauteloso nas suas saídas para o ataque.

Uma partida, de tal forma tão distinta daquela que se jogou nos primeiros 45 minutos, que a oportunidade mais clamorosa surgiu dos pés de Corona, mas para a própria baliza. Valeu Marchesín e o poste. Pouco depois foi o recém-entrado, Luciano Narsingh a querer mostrar serviço, mas o guardião argentino “encheu” a baliza com a “mancha” (73’).

À medida que o fim se aproximava, a turma de Sérgio Conceição limitou-se a gerir a vantagem. E para colocar um “cadeado” na defesa portista, Mbemba saltou do banco.

Uma vitória difícil por parte do FC Porto, mais por culpa própria do que por outra coisa. Em suma, um encontro que pôs frente a frente dois conjuntos de futebol de ataque, ainda que do lado azul, costume ser mais equilibrado a nível tático. Apesar disso, estabilizou a tempo de comprovar a superioridade.

Porém, há que dar valor a esta conquista, porque apesar de superior, o Porto encontrou um bom Feyenoord. Uma equipa jovem, com princípios, de jogo rendilhado, de passes curtos e simples, tendo feito, a espaços, lembrar um carrossel (dada a fluidez na circulação). Muito futebol técnico, pouco futebol tático. Mas isso faltou a ambos. A primeira derrota no novo trabalho de Dick Advocaat.

Posto isto, o FC Porto terminou a fase de grupos em primeiro lugar (dez pontos), seguido do Rangers FC (9 pontos), que também se apurou. O Young Boys e o Feyenoord foram eliminados desta competição.

ONZES E SUBSTITUIÇÕES

FC Porto: Marchesín, Alex Telles, Marcano, Pepe, Corona, Danilo, Uribe, Otávio, Luis Díaz (Sérgio Oliveira, 74’), Marega (Mbemba, 83’) e Soares (Zé Luís, 74’)

Feyenoord Rotterdam: Marsman, Malacia, Senesi, Botteghin, Geertruida, Fer, Kokcu (Tapia, 75’), Toornstra (Ayoub, 72’), Sinisterra (Narsingh, 72’), Berghuis e Larsson.

Filipe Carvalho
Filipe Carvalhohttp://www.bolanarede.pt
O Filipe é um adepto do futebol positivo, diretamente do Alentejo, deu o salto para a Beira Interior em busca do sonho: a formação em Comunicação que o leve à ribalta do jornalismo desportivo.                                                                                                                                                 O Filipe escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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